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Enviada em: 22/10/2017

Ao se analisar saúde em um sentido amplo, como um conjunto de características que envolvem boa alimentação, lazer, educação, condições de habitação, trabalho e principalmente acesso a serviços públicos de qualidade, nota-se que o Brasil não esta muito "bem na fita". Com falhas infraestruturais em todos esses setores, decorrentes de um completo descaso governamental, o brasileiro esta sendo cada vez mais inserido em um cenário que só pode ser classificado como doente.    Inseridos no jogo político nacional, esses setores, incumbidos à administração pública pela Constituição Federal em seu artigo 5 e pela lei nº 8080 de 1990, passaram a ter garantias de melhora condicionadas à eleição de candidatos à cargos públicos, em uma barganha de investimentos em troca de votos -facilmente constatada durante os horários de propaganda política no rádio e na televisão. Nesse sentido, acaba não sento interessante para esses governantes uma efetiva melhora nos serviços públicos, visto que, com ela, perderiam seu objeto de troca.       Assim, cria-se uma situação de descaso e consequente sucateamento de escolas, hospitais e centros de lazer públicos, tendo como maior exemplo o estado atual do Sistema Único de Saúde. Com investimento de pouco mais de 10% da arrecadação pública, bem abaixo dos 15% da média mundial, o SUS se encontra imerso em uma situação caótica. Com falta de médicos e enfermeiros, hospitais sem equipamentos e sempre superlotados, além da não cobertura em algumas regiões do país, sistema se tornou sinônimo de atraso, má qualidade, e um símbolo da ignorância da administração pública.       Diante do exposto, cabe a sociedade protestar para que haja um real cumprimento dos preceitos constitucionais e para a melhora das diversas facetas que compõem a saúde dos cidadãos. Uma forma de se fazê-lo é através de uma postura proativa politicamente, com a fiscalização e cobrança dos representantes do povo no governo para que se possa averiguar se o candidato está realmente cumprindo o que prometeu e, caso não esteja, cobrar para que o faça. Isso pode ser feito por meio dos sites dos Poderes, ou comparecendo nas reuniões legislativas municipais, estaduais e federal. Tais ações, caracterizadas por uma pressão popular, garantem que os governantes ajam de acordo com a vontade da sociedade, não por interesse próprio.