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Enviada em: 26/10/2017

A saúde é um direito do cidadão, sendo dever do Estado em promove-la à todos. O Sistema Público de Saúde do Brasil lutou por décadas e em 1988 foi criado pela constituição o Sistema Único de Saúde (SUS), e tem como base os princípios de universalidade, integralidade e  equidade. Cabe, nesse aspecto, aprofundar uma análise acerca dos problemas enfrentados em torno do SUS, como: baixo investimento orçamentário, superlotação com alto tempo de espera e falta de especialidades médicas. Sabe-se que esse contexto desafia em sua magnitude a sociedade brasileira e abordar essa temática é de grande valia para os interesses sociais da contemporaneidade.  Torna-se imperante entender que o SUS é um sistema de gestão em saúde pública infalível e vários países já adotaram esse sistema como modelo, mas devido aos problemas de gestão, esquemas de fraude e corrupção, o SUS ficou comprometido. De acordo com os dados do Ministério da Saúde (MS), em 1990 cerca de 70% da receita era investido na saúde, e em 2010 caiu para 11%. Ademais, o país está em transição demográfica e os idosos gastam quase 70% de todo o orçamento destinado à saúde, uma vez que os mesmos demandam alta complexidade de serviços médicos. Diante dessa problemática, vale ressaltar que de acordo com os dados do Departamento de Informática do SUS ( DATASUS), o tempo médio para aguardar o atendimento é maior que seis meses, ademais esse fato torna-se mais agravante com a superlotação de hospitais e centros médicos, o que gera uma sobrecarga à equipe de saúde e uma piora nas condições de atendimento aos pacientes. Mesmo com  o programa Mais Médicos, existem milhões de brasileiros que ainda aguardam consultas, o que mostra o despreparo do SUS. Sendo assim, cabe, nessa conjuntura buscar viabilidades, com o Estado elaborar uma lei que determine o valor percentual de investimento financeiro no SUS, para que não haja restrição de recursos, além de ampliação de leitos hospitalares e aquisição de aparelhos de diagnósticos que atenda à necessidades da população, de modo que diminua o tempo de espera para a marcação de exames. É indispensável incluir em centros de atendimentos médicos profissionais com diversas especialidades médicas, que atenda toda a necessidade de problemas de saúde. Ademais, o governo deve ser mais severo em relação aos casos de corrupção e agir conforme a lei, punindo os envolvidos e, com a ajuda da mídia, divulgar tais ações para que as denúncias sejam transparentes e que, com o acompanhamento da população, essa situação não persista. Assim, é possível que o SUS possa conseguir atingir seus objetivos pelo qual foi criado, e oferecer serviços de saúde de qualidade, e cumprir o princípio de que a saúde é direto do cidadão e dever do Estado.