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Enviada em: 03/11/2017

Na contemporaneidade, tem-se discutido acerca da saúde pública no Brasil. Dessa forma, percebe-se que o direito à saúde garantido pela Constituição Federal de 1988 não faz parte da realidade todos os cidadãos. Nesse contexto, há dois fatores que não podem ser negligenciados: a escassez de investimentos nessa área e o descaso com a população que depende desse sistema.   Em primeira análise, cabe pontuar que a má gestão de recursos públicos dificulta o aperfeiçoamento da estrutura de hospitais e postos de atendimento, uma vez que o desvio de verba consiste no fator limitante para a aquisição de equipamentos e insumos indispensáveis a assistência médica. Por conseguinte, a falta desses bens ocasiona na precariedade dos serviços ofertados, fazendo com que a população procure, na maioria das vezes, pela rede privada mesmo não tendo condições financeiras para arcar com tais despesas.   Além disso, convém frisar que, segundo o escritor Franz Kafka, a solidariedade é o sentimento que melhor expressa o respeito pela dignidade humana. Dentro dessa lógica, a população encontra-se humilhada e a mercê da própria sorte esperando horas por ajuda, devido a ausência de preparação de alguns profissionais da saúde pública, os quais não prezam pelo amparo e proteção do paciente. Consequentemente, indiligência no atendimento tem como resultado o sofrimento prolongado dos indivíduos e, em casos mais graves, pode suceder na morte dessas pessoas.   Destarte, fazem-se necessárias mudanças para solucionar a problemática exposta. Assim sendo, é imprescindível que a Receita Federal repasse um maior valor de tributos para o Ministério da Saúde destinado ao aprimoramento da estrutura de hospitais e postos de saúde, a partir da aquisição de equipamentos e insumos necessários, com o propósito de melhorar o atendimento aos pacientes, visando, sobretudo, uma maior valorização do bem-estar da sociedade. Também, é essencial que parte desses tributos seja direcionado para o treinamento de médicos e enfermeiros, no intuito de promover o cuidado com o próximo e resgatar o objetivo verdadeiro desses profissionais: a cautela pela vida.