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Enviada em: 23/10/2017

O programa de vacinação brasileiro desde 2000 consegue atingir quase 100% da população. De fato, o acesso à saúde pública foi ampliado, o que permitiu a diminuição da mortalidade. Contudo, o setor ainda não é visto com a devida prioridade e, por isso, não consegue transpor os obstáculos.     A princípio, vale salientar à respeito do baixo estímulo à prevenção de doenças. Problemas crônicos como diabetes e hipertensão -ocasionados, sobretudo, pela obesidade - sofreram drástico aumento, segundo a OMS, até mesmo entre os jovens. Entretanto, tais doenças poderiam ser evitadas com a prática regular de exercícios físicos e alimentação saudável. Como não há estímulo para isso, o gasto público voltado para o tratamento contínuo dessas enfermidades é alto, o que sobrecarrega o SUS.     Outrossim, a manutenção da corrupção agrava ainda mais esse cenário. No Brasil, o gasto na área médica é 5% menor que a média mundial. Além disso, há má gestão do dinheiro que, muitas vezes, é desviado através de associações fraudulentas entre políticos. Como consequência, os hospitais sofrem com falta de recursos básicos e infraestrutura adequada, o que prejudica os cidadãos. Prova disso é a Operação Fatura Exposta que investiga casos de corrupção no sistema de saúde do Estado e, segundo o Ministério Público, cerca de 300 milhões de reais foram desviados.     Torna-se evidente, portanto, a necessidade de priorizar o sistema de saúde público a fim de reverter esse quadro. Cabe ao Ministério da Saúde em conjunto com a mídia a promoção de campanhas e eventos gratuitos que estimulem a adoção de hábitos saudáveis na sociedade, como forma de aplacar doenças crônicas. É necessário, ainda, que o Poder Judiciário proporcione maior fiscalização do setor em escala nacional para que o dinheiro destinado ao SUS seja, de fato, utilizado para o bem-estar geral.