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Enviada em: 23/10/2017

Brás Cubas o defunto-autor de Machado de Assis diz em suas “memórias póstumas” que não teve filhos e não transmitiu a nenhuma criatura o legado da nossa miséria. Talvez hoje ele percebesse acertado a sua decisão: pois com hospitais lotados, falta de medicação e baixo investimento – prazer- esse é o sistema de saúde pública dos brasileiros.  Em primeiro lugar, mesmo protegido por lei que todo cidadão tenha direito a saúde, isso de fato não acontece, haja vista que filas enormes e pacientes nos corredores são noticiados diariamente na TV, com familiares indignados com a situação precária dos hospitais que se tem deixado de “lado” pelos governantes, que usam a desculpa da crise -que eles mesmos causaram- para investir na saúde como ela realmente precisa.   Sob ângulo econômico a saúde, infelizmente, não se tem homeostasia. Percebesse que muitos serviços são prestados por terceirizados, como não está sendo pago, em muitos lugares a limpeza não é feita , e um local que deveria ser sinal de limpeza para não permitir que doenças não se alastrem, torna-se criadouro de animais peçonhentos.   Nesse contexto caótico da saúde pública que empresas de planos de saúde e ademais se aproveitam da população com valores exorbitantes dos planos e serviços prestados privados, e acaba sofrendo pelos dois lados, público com péssimo atendimento e particular por valores absurdos. O plano de 1988 feito pela Constituição Federal, denominado por SUS ( sistema Único de Saúde) poderia até ser um bom resultado para a população se não fosse esse baixo investimento financeiro. Visto que, em 1990 foram investidos 70% da receita para saúde e agora 10,7%. Se tudo vai ficando mais caro, quem dirá um grande âmbito como o da saúde.   Mandela dizia que sempre parece impossível ate que seja feito, olhando para todos os problemas do setor de saúde, realmente parece impossível melhora, porém se for colocado por lei que no mínimo 50% da receita do país seja investidos na saúde já será um passo positivo, pois deve ser recíproco todo esse gasto que a população tem com impostos, e assim o Estado assegurar acesso a atendimento digno a população, sem ter que pagar a rede privada. Para que assim se crie uma sociedade mais justa que Brás Cubas pudesse se orgulhar.