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Enviada em: 31/10/2017

A Revoltada Vacina, que ocorreu no Rio de Janeiro do começo do século XX,  questionava a vacinação obrigatória e violenta imposta pelo governo carioca que visava acabar com o surto de febre amarela, endemia que persiste até hoje em áreas brasileiras. A crise do Sistema Único de Saúde (SUS) não é recente, sendo o descredito da população com o sistema e a falta de investimento público parte do problema. Por isso, para o avanço da sociedade brasileira é preciso olhar com cuidado para este paradigma.     A saúde é reconhecida como direito inalienável da população brasileira, no entanto, essa é quem mais desacredita do sistema, recorrendo a convênios particulares na busca por excelência. Desta forma, o programa de saúde pública, que em tese deveria prover integralmente a sociedade, falha ao não suprir necessidades como especialidades médicas, demora para realização de exames, entre outras. Levando a população a recorrer a convênios e gerando má fama ao sistema.     Outro fator que contribui para isso, o gradativo sucateamento do SUS pela perda de investimentos públicos. Ou seja, ao invés da quantidade de investimentos aumentar com o decorrer dos anos, esse diminui. Prova disto, o site MV saúde aponta, no Brasil gasta-se no sistema em média 5% a menos que o resto do mundo. No entanto, até 2015 era tema de debates no congresso nacional o uso 20% da verba vinda dos royalties do pré-sal na saúde, porém após a mudança no panorama político, o assunto foi deixado de lado e o dinheiro público destinado a saúde e educação congelados por uma Emenda Constitucional.      É necessário, portanto, a valorização do SUS através da destinação por lei de uma porcentagem do Produto Interno Bruto para ser investido na compra e manutenção de equipamentos, incentivo a ampliação cientifica do corpo trabalhista médico e aprimoramento do programa, que deixaria o sistema mais rápido e acessível à população. Para que assim, com o desenvolvimento desse priorado constitucional, possamos confiar de olhos fechados a nossa vida aos médicos.