Materiais:
Enviada em: 24/10/2017

Em 1930, governo de Getúlio Vargas foi criado o primeiro Ministério voltado para a saúde pública no Brasil, que veio a se consolidar após a Constituição Federal de 1988, na qual essa passou a ser um direito essencial a todos cidadãos. Entretanto, apesar das mudanças, é notório que o sistema público de saúde ainda enfrenta impasses que precisam ser discutidos na sociedade brasileira. Nesse contexto, convêm analisarmos não só as causas, bem como os fatores que impedem a problemática de ser solucionada.         Em primeiro lugar, o descaso das autoridades frente a erradicação das ações que corroboram para surgimento de doenças afeta o funcionamento do sistema. A começar pela falta de investimento no saneamento básico em regiões periféricas, haja vista que nesses locais há predominância de dejetos, restos de alimentos e água contaminada, sendo que essas características contribuem para proliferação de vermes e bactérias nocivos a população. Segundo dados obtidos pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada ainda exstem mais de 30 mil de famílias que não possuem condições básicas de higiene. Dessarte, não havendo a erradicação das formas de obtenção de doenças, essas embora tratadas poderão atingir outros seres, gerando um ciclo sem fim.        Além disso, a falta de investimento no setor da saúde é um dos obstáculos que intensificam negativamente a situação. A começar pela falta de equipamentos nos hospitais, uma vez que sem as ferramentas necessárias, o tratamento  fica comprometido, resultando em longas filas de espera até que se possa ter condições de prestar os serviços. Sob a perspectiva do sociólogo Zygmunt Bauman, essas podem ser consideradas "instituições fantasmas" uma vez que, não cumprem com o seu papel fundamental, logo precisam passar por um novo planejamento para que as dificuldade enfrentada sejam sanadas, e o atendimento aos cidadãos volte a ser normalizado.              Fica clara, portanto, a necessidade de reverter a realidade negligenciada do saúde gratuita no país. Para isso, é preciso que a Receita Federal aplique certa parcela dos impostos arrecadados na promulgação das condições mínimas em locais com defasagem no saneamento, evitando assim o contágio de doenças, e diminuindo o fluxo de pessoas nas instituições públicas, aumentando consequentemente o número de equipamentos, que poderão ser comprados de acordo o dinheiro gerado pela queda no número de usuários, acabando de vez com os problemas estruturais. Além disso o Governo deve promover maior fiscalização do bom funcionamento dos hospitais, verificando se esses estão cumprindo com o seu papel na sociedade,   e atendendo os indivíduos. Quem sabe assim, o Brasil possa ser exemplo a ser seguido por outras nações.