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Enviada em: 25/10/2017

Historicamente, o Brasil nunca tratou a saúde com prioridade. Em 389 anos de colônia, não houve quase, ou nenhum investimento em saúde. Mesmo após a transição para república, diferente do que a população esperava, a situação se manteve parecida, por exemplo, no Rio de Janeiro, por volta de 1904, a Peste Negra, doença que assolou a Europa na idade média, era um problema vigente na cidade. Nesse viés, é cabível relacionar a crise na saúde brasileira com a procrastinação estatal para estabelecer investimentos voltadas à saúde, em consonância com a falta de políticas de prevenção de doenças.   O Brasil nunca teve grandes planos voltados à saúde até a criação do Sistema Único de Saúde (SUS), em 1888, que trouxe melhorias significativas como a extensão da saúde, pelo menos teoricamente, à todos. Aliado à isso, ainda em 2017, segundo dados do governo, apenas 10,7 do orçamento público é investido na saúde, acarretando na dificuldade do Brasil de superar o atraso na construção do sistema de saúde e na falta da capacidade do mesmo de lidar com a demanda de doentes no país.    Ademais, no Brasil, há uma carência de investimento em políticas de prevenção, como incentivo da procura por médicos de 12 em 12 meses, o indicado, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), e coisas mais cotidianas como a higiene pessoal. Segundo dados do governo, no ano de 2009, em meio a uma crise de gripe suína, fortes campanhas de higiene pessoal e a simples facilitação do acesso ao Álcool em gel, resultaram em 70% menos doenças infecciosas no decorrente ano, o que evidencia a importância dessas políticas. Esse cenário de descaso estatal com a criação de políticas públicas de prevenção, acarreta em um grande numero de pessoas com doenças que poderiam ter sido evitadas com a procura de um médico anteriormente, contribuindo, assim, para a superlotação das filas dos hospitais.     Portanto, é indubitável ao Estado, por intermédio do Poder Legislativo, a criação de leis que taxem super fortunas e destinem esses impostos à ampliação do SUS, capacitando-o, dessa forma, para atender a super demanda de uma população carente de saúde de qualidade. Somado à isso, é função do ministério da Saúde, em conjunto com o Ministério da Educação, implantar na grade educacional brasileira matérias que reforcem o debate sobre a importância da procura por médicos e de coisas mais simples e cotidianas como hábitos de higiene. Ainda é possível, por meio do Ministério da Cultura, usando leis de incentivo à cultura (LIC), criar pontos culturais com palestras e divulgação de materiais didáticos sobre o referente tema, principalmente, nos locais mais pobres, onde as pessoas estão mais às margens de uma educação de qualidade.