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Enviada em: 25/10/2017

No início do século XX, no Brasil, ocorreu a revolta da vacina em que a população do Rio de Janeiro promoveu ações contra o governo, pois esse agia de forma rude a fim de que os indivíduos fossem imunizados. Essa foi uma parte das reformas sanitaristas com o intuito de melhorar a saúde, visto que os fluminenses sofriam com inúmeros casos de enfermidades. Apesar de o contexto sanitário nesse país ter evoluído desde esse episódio, percebe-se que a saúde pública tupiniquim está em estado de calamidade, quer seja pela falta de investimentos nas estruturas existentes, quer seja pelo descontrole do planejamento referente ao crescimento populacional.    Em um primeiro aspecto, é importante perceber que pela Constituição Federal (CF) saúde é direito de todos e dever do estado, todavia o que existe é um sucateamento das estruturas públicas de saúde, o que impede o atendimento do cidadão. Existem hospitais e alguns estabelecimentos que atenderiam uma demanda maior, contudo por falta de investimentos estatais a população fica à merce das enfermidades. Um exemplo é o hospital da baixada fluminense que deixou de realizar cirurgias pela falta de ar condicionado. Assim, percebe-se que o caos instaurado atinge todos os brasileiros necessitados de atendimento público de saúde.    É valido frisar ainda que a partir da CF foi criado o Sistema Único de Saúde (SUS), e esse possui pontos norteadores como equidade e universalidade, o que reforça a carta magna quanto aos nossos direitos. Entretanto, o crescimento populacional nacional, segundo o IBGE, foi exponencial na última década, e alcança o patamar aproximado de 210 milhões de habitantes. Pela ausência de políticas públicas de longo prazo para promover o atendimento universal do cidadão, o que mais observa-se são mortes evitáveis nas longas filas hospitalares. O ciclo doença cura não atinge os usuários do SUS.    Portanto, medidas são necessárias para resolver essa questão. O poder legislativo precisa criar leis para que um maior contingente monetário do produto interno bruto seja destinado para o SUS, por meio de cotas semestrais mínimas às instituições de saúde. Ademais, com esse recurso disponível, novos investimentos podem ser realizados nas estruturas existentes e novos prédios podem ser construídos para atender a demanda crescente da população brasileira. Dessa forma, os cidadãos não precisarão viver na atualidade o que nossos antepassados viveram devido ao caos sanitário.