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Enviada em: 28/10/2017

Segundo a nossa constituição federal de 1988, a saúde é um direito fundamental do cidadão e deve ser assegurada pelo Estado. Entretanto, a saúde pública não nos diz respeito apenas ao tratamento de enfermidades mas, também, as condições básicas para que não cheguem a acometer o ser humano, como: Saneamento-básico, meio ambiente estável e moradia, dentre outros. Tendo em vista os vários problemas da infra-estrutura urbana brasileira, faz-se passível de discussão como esse fenômeno afeta a população em geral.       No Brasil, as pessoas pertencentes as classes econômicas menos favorecidas, muitas vezes, por falta de opção, residem em locais de infra-estrutura precária como favelas, margens de rodovias ou áreas reservadas para o depósito de lixo. Isso ocorre desde o início do processo de industrialização onde o êxodo rural criou, nas cidades, um excesso de pessoas que vieram trabalhar nas fábricas mas muitas vezes não possuíam ao menos onde residir. Esse tipo de moradia alternativa e imediatista pode acarretar a uma série de complicações de saúde uma vez que, os ambientes escolhidos para ela são propícios à proliferação de pragas como ratos, baratas e pombos deixando os seres humanos suscetíveis a contração de várias doenças carregadas por esses vetores.        Além disso, na maior parte das vezes, esses mesmos locais não possuem um sistema de drenagem hídrica eficiente o que, em períodos de chuva intensa, leva a alagamentos e enchentes, problemas recorrentes nas cidades do sudeste brasileiro a décadas, que servirão como meio de cultura para diversas outras patologias transmitidas pela água contaminada pelo lixo urbano, como cólera, hepatite e leptospirose que afetarão a saúde dos moradores locais de maneira crítica.       Tendo em vista como esses fatores agravam a precariedade do sistema de saúde pública brasileiro cabe aos lideres políticos desta nação não apenas investir em hospitais e clínicas especializadas para o tratamento das pessoas, mas, também, melhorar toda a estrutura urbana básica, como instalar um sistema de saneamento mais eficiente, realocar as populações que vivem em áreas de enchentes e diminuir a quantidade de lixões a céu aberto de cada local, tornando as cidades brasileira mais propícias a sustentação de uma vida mais saudável. Essas mudanças seriam capazes de diminuir o número de infectados no Brasil, diminuindo assim a sobrecarga dos postos de saúde e hospitais nacionais.