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Enviada em: 30/10/2017

Ao mesmo tempo em que se registra uma crescente concorrência por vagas de medicina nos vestibulares do Brasil, nota-se uma falta de reflexão dos estudantes sobre o papel dos agentes de saúde na sociedade. A humanização do atendimento médico vai além da empatia e dos cuidados paliativos, pois deve guiar e educar a sociedade de forma preventiva. Em primeiro lugar, não se pode negar que o Brasil enfrenta uma crise de saúde altamente impactada por desvio de verba e falta de investimento. Porém, com o trabalho preventivo é possível reduzir casos epidêmicos, evitar gravidezes indesejadas e também a transmissão de DSTs. Nesse contexto, é muito importante que a própria classe médica seja educada a respeito de seu papel na sociedade. Além de deter conhecimento e dominar procedimentos cirúrgicos, é importante ensinar a um paciente a forma adequada de utilizar camisinha, auxiliar a mulher a realizar a amamentação, bem como ter certeza que o paciente entendeu como deve se medicar. Contudo, é possível concluir que a atenção à saúde primária deve se iniciar na formação de médicos. Os ministérios da educação e da saúde devem, juntos, explorar esses aspectos nas universidades. O Estado pode, também, promover parcerias público-privadas a fim de levar conscientização, prevenção e medicação para comunidades carentes. Tais atitudes podem gerar uma população mais saudável e produtiva, além de reduzir os gastos públicos com tratamentos caros.