Materiais:
Enviada em: 07/01/2018

"Nas favelas,no Senado,sujeira para todo lado,ninguém respeita a Constituição,mas todos acreditam no futuro da Nação". Tal trecho,interpretado pelo grande grupo musical Legião Urbana,explana as mazelas sociais da realidade brasileira.Embora o Sistema Único de Saúde tenha contribuído significativamente para a melhoria salutar no Brasil,ainda há muito o que se progredir a fim de obter uma organização de saúde eficiente e universal.    Primeiramente,é necessário salientar que a omissão do Estado no gerenciamento do SUS evoca  graves consequências.Nesse sentido,o financiamento governamental torna-se cada vez mais escasso,corroborando para a naturalização de cenários caóticos como péssimas infraestruturas e serviços além da desvalorização da mão de obra.Segundo dados divulgados pelo G1,em 2017 havia aproximadamente novecentos mil pacientes esperando por cirurgias não urgentes e desses indivíduos cerca de setecentos mil aguardavam o procedimento há 10 anos.Desse modo,os pacientes são vítimas de atendimentos sub-humanos o que ocasiona piora dos quadros patológicos,bem como acarreta mais gastos uma vez que há reincidência desses quadros além da ausência de incentivo aos profissionais da área contribuindo,então,para a retroalimentação do ciclo vicioso de sucateamento da saúde pública.       É preciso considerar que a ausência de engajamento político pela sociedade ratifica esse contexto lastimável.Compreende-se assim que a Constituição assegura a implementação da estrutura salutar  em sua totalidade mediante as devidas previsões legais,o que,infelizmente,não ocorre na prática.Segundo o grande teórico Maquiável "Onde há uma vontade forte,não pode haver grandes dificuldades",nesse sentido,ao reivindicar a execução das leis de forma plena a população exerce pressão sobre os políticos viabilizando melhorias na gestão e estruturação do SUS.Dessa forma,o exercício dos direitos políticos fomenta transformações sociais,pois demonstram o controle público da população sobre os serviços sociais governamentais.      Portanto,é necessário que mudanças positivas ocorram a fim de que mais cidadãos possam dispor de atendimentos salutares dignos.Para isso,é imprescindível que o Estado reformule políticas públicas com a propósito de acrescer o investimento nessa área,editando,por exemplo,a lei que discrimina a quantidade de investimento mínimo na saúde para que os planejamentos possam ser delineados de forma segura e por conseguinte executados,reestruturando o sistema de saúde de forma efetiva .Ademais, as instituições educacionais devem priorizar  aulas e debates acerca de temáticas sociais fomentando assim a formação crítica dos educandos para que estes exerçam  a cidadania e  consciência social,além de buscar transformações coletivas.