Enviada em: 30/10/2017

Ao longo do processo de desenvolvimento do Estado nacional, a população passou a se ver anestesiada frente a descasos ocorridos, principalmente, nos serviços públicos. Entretanto, observa-se atualmente um reposicionamento da sociedade acerca de tal lastimante realidade, manifestada sobretudo no sistema de saúde, cuja precariedade se relaciona tanto ao descaso das classes políticas quanto à mentalidade coletiva do país.  Nesse sentido, destaca-se a questão constitucional como fator atrelado à limitação de investimentos nos serviços prestados pelo Poder Público. De acordo com Aristóteles, a política deve ser o instrumento utilizado pela sociedade para ser alcançado o equilíbrio. Analogamente, o que se observa na contemporaneidade é a obliteração dessa sintonia entre governo e povo, já que a ocorrência de onerosas folhas de pagamentos para servidores, bem como seu expressivo número, inviabilizam maiores recursos para equipamentos e funcionários em unidades de saúde. Desse modo, evidencia-se a necessidade de reformulações que determinam o destino do dinheiro arrecadado dos contribuintes.  Outrossim, o comportamento da sociedade é marcado pelo despreparo no que tange a situações inesperadas, exemplificadas na ocorrência de doenças. Consoante Francis Bacon, conhecimento é poder, sendo esse fundamental à população a fim de ser diminuída a incidência de adoecimentos passíveis de prevenção, bem como o custo incidente no tratamento de enfermidades, que é intensamente mais elevado do que qualquer prática de profilaxia. Identifica-se a necessidade, com isso, do empoderamento populacional, no que se refere a doenças que podem ser evitadas.   Vê-se, logo, a necessidade de se realizarem profundas modificações no "modus operandi" da política e da mentalidade nacionais, cabendo ao Governo Federal, através de informativos do TCU sobre os setores mais dispendiosos do Estado, a aprovação de cortes de gastos dos servidores (redução salarial, extinção de auxílios financeiros e bonificações extras), sendo esses valores redirecionados ao sistema público de saúde, viabilizando contratações e manutenção do funcionamento dos hospitais. Ademais, cabe ao Governo Federal, em parceria com o CONAR e emissoras televisivas, a realização de campanhas de prevenção mediante conscientização sobre doenças sexualmente transmissíveis, consumo de drogas lícitas e ilícitas, entre outros, a fim de atenuar a ocorrência de muitas enfermidades entre a população. Assim, objetiva-se a melhoria do serviço de saúde pública que é disponibilizado para a nação brasileira.