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Enviada em: 31/10/2017

No século XX, houve grandes mudanças políticas, sociais e culturais. Muitas novidades como o avião, o automóvel e o cinema, a psicanálise de Freud ou a teoria da relatividade de Einstein originaram novos modos de vida e pensamento. Diante tais acontecimentos, hodiernamente, debates sobre a saúde pública tem ganhado repercussão na sociedade brasileira. Nesse sentido, faz-se necessário conhecer os motivos que corroboram com a difusão dessa problemática no Brasil.       É indubitável que a transição democrática foi essencial para o avanço da saúde no país. Posto isso, a consolidação do Sistema Único de Saúde (SUS), aliada à Constituição de 1988, possibilitou que toda a população tivesse a saúde como um direito e um dever do Estado, visto que no período colonial cada indivíduo se responsabilizava por si, ou seja, estes se auto-medicavam. Entretanto, atualmente, a ausência de manutenção deste serviço desvela a precariedade do sistema, haja vista que a superlotação das unidades hospitalares demonstra a preocupação do Governo centrada apenas na doença e não na prevenção desta. Em síntese, a escassez de responsabilidade dos órgãos governamentais reflete na fragilidade e na calamidade da saúde pública.       Nesse enfoque, é importante ressaltar a má administração de recursos destinados a saúde comunitária. Diante disso, a ausência de leis que determine o valor de investimentos do Governo no SUS, torna-se propício a utilização de mecanismos, como a Desvinculação das Receitas da União (DRU), que proporciona maior flexibilidade ao governo para usar recursos do orçamento em outras despesas consideradas prioritárias. Dessa forma, é preciso que a sociedade mobilize-se acerca desta prática e reivindique por normas que assegurem a manutenção e estabilidade no setor de saúde.       Segundo Oscar Wilde, a insatisfação é o primeiro passo para o progresso de um homem ou uma nação. Dessa forma, cabe à mídia, influenciadora do século, articular informações acerca das condições básicas de saúde que todo cidadão possui assegurada pela Carta Magna de 1988, por meio de propagandas e anúncios em horários que possuem maior número de internautas a fim de que a sociedade possa mobilizar e manifestar-se pelo aprimoramento do sistema público de saúde. Além disso, cabe ao Governo Federal criar leis que estabeleça a prioridades nos investimentos deste setor para que não haja desvios no orçamento do sistema no intuito de prevenir a calamidade popular.