Materiais:
Enviada em: 31/10/2017

Durante a primeira fase do Romantismo, os homem idealizava o Brasil como sendo um país rico, maravilhoso e sem problemas sociais. Todavia, hodiernamente, o Brasil enfrenta complexos problemas acerca da saúde pública, o que descaracteriza o olhar romântico do século XVIII, haja vista que não só a desumanização nos acolhimentos, mas, também, a má infraestrutura dos ambulatórios ratificam tal conjuntura.        Em primeira instância, vale salientar que a falta de treinamento humanizado nas universidades agrava o entrave. De fato, o ensino empregado nos cursos da área da saúde contemplam grande parte das suas aulas com matérias objetivas, desprezando as relações sociais entre o médico e o paciente, o que acarreta na desumanização dos atendimentos. Nesse sentido, confirma-se o pensamento de Platão, filósofo grego, o qual dizia que" O maior erro dos médicos é tentarem curar o corpo sem procurar curar a alma. Entretanto, corpo e alma são um só e não podem ser tratados separadamente".     Outrossim, cabe destacar que a precariedade infraestrutural dos hospitais públicos acirram o empecilho. Isto é, a série "Sob Pressão", da globo, baseada em fatos reais, evidencia a falta de equipamentos e medicamentos considerados suprimentos básicos ao funcionamento de um hospital, mas que nem todos possuem. Dessa forma, na prática, os clínicos necessitam exercer seu trabalho com o famoso "jeitinho brasileiro", tendo que improvisar nos centros cirúrgicos, o que, por vezes, pode ocasionar em infecções hospitalares causadas por aparelhos impróprios para o uso de certos procedimentos.           Urge, portanto, a essencialidade de medidas tangíveis que diminuam a desumanização no âmbito assistencial e que melhorem as condições físicas das casas de saúde. Para isso, o MEC, em parceria com as universidades, deveriam incluir matérias que tratem sobre o vínculo humano na grade curricular dos cursos da saúde, por meio de verbas destinadas à educação, a fim de tornar os consultórios médicos um ambiente mais afetuoso e fraterno. Além disso, o Ministério da Saúde, em consonância com o MPF, deveria reformar e aprimorar os hospitais, enviando medicações e instrumentos, com a finalidade de facilitar os atendimentos. Assim sendo, o Brasil continuará com a visão romântica do século XVIII.