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Enviada em: 01/11/2017

"O que falta nessa cidade?...Verdade,Honra e Vergonha!".Tal fragmento poético da obra Epigrama,escrita por Gregório de Matos durante o Barroco no século XVII,buscou retratar as mazelas vividas durante o período colonial.Não obstante,essa expressão artística reflete após quatro séculos na sociedade contemporânea por meio dos desafios da saúde pública no Brasil.Dessa vez,os "vergonhosos" são os enfermos vítimas de um caminho que desafia os direitos humanos.           Nessa caminhada,ressoa como destaque o papel estatal omisso.De acordo com Thomas Hobbes na obra "O Leviatã",o Estado deve estabelecer um contrato social em que garanta a segurança do povo e iniba um convívio caótico.De maneira análoga,é notório perceber que no Brasil o descaso com a saúde pública rompe essa harmônia por meio da falta de recursos materiais,médicos e estrutura adequada nos hospitais os quais contribuem para a superlotação,ambiente insalubre e no distanciamento da dignidade do cidadão.Prova disso,são os dados coletados pelo IBGE em 2016,os quais 60% dos brasileiros que frequentam hospitais públicos não são atendidos de forma correta.Tal dado alarmante reforça o descompromisso com a vida e um convívio desarmônico.        Outro aspecto que contribui para esse percurso,é o poder Judiciário passivo.Como afirma Aristóteles:"Somente por meio da justiça o equilíbrio é alcançado na sociedade".A partir desse pensamento,observa-se que o caos do sistema de saúde no país pode ser encaixado na teoria do filósofo,uma vez que os desvios de verbas para os setores de infraestrutura são evidentes o quais contribuem para a falta de saneamento básico bem como a presença de lixões e esgoto a céu aberto resultam na proliferação intensa de doenças e na ausência dos direitos sociais efetivos.Prova disso,de acordo com a OMS,44% dos municípios brasileiros que não há a presença do saneamento básico foram os primeiros a parecer as doenças Zika e Chicungunya.Logo,evidencia-se,portanto,o papel do Ministério da Justiça em atuar de forma responsável nas investigações dos desvios de verbas para todos os setores sociais por meio de ações e execução do poder como forma de prevenir a problemática da saúde e garantir a cidadania á todos.          Para que tal medida se estabeleça com eficácia e os desafios da saúde pública no Brasil não seja reflexo da obra Barroca são cruciais duas alternativas para resolver o impasse.A primeira se vincula no papel no Ministério da Saúde em planejar os investimentos nos hospitais por meio de profissionais da área e criar um aplicativo no setor de saúde com forma do paciente alertar o sistema de atendimento.A segunda cabe ao poder midiático em divulgar por meio de propagandas o dever coletivo em preservar o espaço urbano por meio da coleta seletiva como forma de combater o dilema.