Enviada em: 02/11/2017

O Sistema Único de Saúde (SUS), considerado um dos maiores sistemas públicos de saúde do mundo, foi instituído pela Constituição Federal de 1988, com o objetivo de garantir atendimento igualitário a todos os brasileiros. Hodiernamente, quase 30 anos depois, o sistema que por muito tempo foi orgulho da população, encontra-se em situação precária, necessitando urgentemente de investimentos.     Em primeiro plano, é válido destacar que a crise econômica afeta de forma direta a saúde pública. No Brasil, a situação política atual passa por uma grave tensão financeira e, para conter gastos, os governantes cortaram os investimentos na distribuição de remédios, fazendo com que a população sofresse com esses reflexos. Diante disso, a parcela mais pobre da população, que não tem condição de arcar com os remédios ficam prejudicados e o funcionamento de sua saúde é posto em risco.     Ademais, os atos de corrupção corroboram para que não haja mudanças nos hospitais. Infelizmente, são inúmeros os casos de desvios de verbas e a falta de transparência sobre as transações financeiras que, até então, deveriam ser destinadas aos investimentos na infraestrutura dos hospitais públicos, à compra de produtos médicos e também ao pagamento de funcionários. Nessa conjectura, a maioria dos hospitais públicos encontram-se sucateados, sem as mínimas condições de atendimento.     Diante dos fatos apresentados, fica evidente a necessidade de mudanças na saúde pública brasileira. Em primeiro plano, o Governo Federal deve aumentar os repasses ao SUS, objetivando normalizar a distribuição de remédios a parcela mais pobre da população. Outrossim, o Ministério da Saúde deve criar uma comissão verificadora, visando fiscalizar a legalidade das transações financeiras dos hospitais, e por conseguinte, garantir que as verbas repassadas sejam convertidas em melhorias no atendimento da população.