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Enviada em: 24/01/2018

O negligenciamento do governo lusitano frente às epidemias de varíola e gripe que assolaram os índios brasileiros do século XVI evidencia a raiz de uma problemática que só se agravaria ao decorrer dos anos. Portanto, é possível afirmar que o Brasil sofre com uma grave crise no sistema de saúde pública. Tendo em vista não somente a indiligência do Estado em oferecer saúde digna ao cidadão mas também o endividamento cada vez maior desse frente à procedimentos hospitalares mais complexos.  É notória a necessidade do atendimento básico de qualidade, principalmente em países em desenvolvimento, uma vez que doenças como ascaridíase e febre amarela ainda estão presentes nos obituários brasileiros, como retrata a obra de Machado de Assis ao descrever o personagem Brás Cubas que padece devido á tuberculose. O direito à saúde é conferido aos cidadãos pela declaração universal dos direitos humanos e pela constituição federal, direito esse que não é acessado com facilidade pela população mais carente, assemelhando-se à Terra de Vera Cruz em 1500.  A falta de acesso à saúde primária agrava ainda mais o quadro clínico do paciente, o que torna seu problema ainda mais complexo e requerente de soluções mais invasivas, como cirurgias ou tratamentos farmacológicos mais caros. O SUS ( sistema único de saúde) atende com certa eficiência casos muito urgentes, como cirurgias cardíacas ou neurológicas, que poderiam ter sido evitadas com o acompanhamento periódico de um cardiologista, uma vez que o maior número de mortes no mundo decorre de doenças cardiovasculares como o infarto agudo do miocárdio e o AVE ( acidente vascular encefálico), segundo a OMS ( organização mundial da saúde).  Portanto, medidas fazem-se necessárias para que haja a democratização do acesso à saúde e o não endividamento do país. Como a criação, por parte do Governo federal, de UBSs ( unidades básicas de saúde) em pontos estratégicos das cidades, como bairros mais afastados, para que o setor federal possa contribuir para com a gestão da saúde que atualmente é descentralizada entre os municípios, visando atender a população mais carente na instância básica e, consequentemente, prevenir o Governo de gastos exorbitantes com medicamentos e soluções invasivas para moléstias que poderiam ter sido mais facilmente tratadas.