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Enviada em: 18/08/2018

Reestruturação Holística  Se, para François Mauriac, escritor francês, separar a liberdade da justiça constitui um pecado social por excelência, para sociedade brasileira, hodierna, tal ideário não poderia ser diferente.Sob esse viés, os graves problemas da saúde pública no país afronta não meramente a integridade do povo, mas a preceitos constitucionais.Destarte, afere-se que tal panorama reflete um cenário catastrófico, seja pelas más condições do sistema de saúde, seja pela persistência de valores socioculturais.   A princípio, é possível perceber que tais circunstâncias devem-se a questões políticas-estruturais.A Constituição de 1988, norma hierárquica do âmbito jurídico nacional, garante, sob forma de cláusulas pétreas, a plena saúde a todos e bem estar, exercida pelo Estado.Todavia, a má gestão do sistema de saúde, pauperismo da alta corrupção e dos subfinanciamentos, inviabiliza o investimento em infraestrutura e em profissionais, retardando o andamento de pacientes e denotando um panorama já conhecido pela nação: filas colossais, profissionais incompetentes e desqualificados, e uma ampla burocracia no processos de atendimento, colocando não apenas o sistema de saúde público em cheque, mas a vida dos pacientes.Sendo imprescindível, portanto, medidas que revertam tais entraves.    Outrossim, convém ressaltar que tais empecilhos são corroborados por fatores socioculturais. Drauzio Varella, oncologista brasileiro, repassa a percepção de que a saúde há de ser um completo estado de bem estar físico, mental e social, e não apenas a ausência de uma doença ou enfermidade.Sob tal concepção, é indubitável que a carência de inúmeras medidas paliativas reverberam tal atmosfera.Assim, considerando-se os baixos investimentos em campanhas educativas, o reaparecimento de epidemias outrora erradicadas e a proeminência de doenças decorrentes do estilo de vida, como hipertensão, obesidade e alguns canceres, é razoável perceber o caos do sistema público de saúde, porém não aceitável, necessitando, pelo exposto, de ações que transfigurem esse cenário.    Torna-se imperativo, por conseguinte, que o Ministério da Saúde, junto às câmaras municipais, amplie o campo de controle do SUS, sob forma de uma maior participação na regulamentação de profissionais e maior fiscalização dos setores de atendimento, garantindo a maior reestruturação do sistema e melhores condições de saúde pública.Ademais, é importante que cátedras universitárias, junto às mídias, promovam debates, seminários e palestras, para jovens e adultos, apresentando propostas preventivas de saúde, informações à respeito da reeducação alimentar e novos hábitos de vida.Apenas sob tal conciliação, haver-se-á a plena sucessão do sistema público de saúde e a garantia do bem estar da população brasileira.