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Enviada em: 04/03/2018

O Sistema Único de Saúde (SUS), consolidado na constituição cidadã de 1988, foi um importante marco para a questão sanitária brasileira pois imputou ao Estado o dever de garantir à população o acesso irrestrito e gratuito à saúde. Porém, a má gestão dos já escassos recursos tornou a situação da mesma lamentável, com superlotações, falta de médicos e infraestrutura precária. Por isso, medidas precisam ser tomadas para reverter o referido cenário.           Em primeiro lugar, cabe ressaltar que o modelo brasileiro é referência para outros países. Tal fato é comprovado no então presidente americano Barack Obama, que usou o SUS como uma das referências para a criação do "Obama Care", programa governamental que democratizou o acesso dos mais pobres à saúde. Demostrando, portanto, como o nosso modelo pode ser bem utilizado.       Embora seja referência, o SUS posto em prática não é eficiente. O principal motivo desse ineficiência são os poucos recursos destinados a essa área. O Brasil investe proporcionalmente menos que o resto do mundo em saúde e a aprovação do Projeto de Emenda Constitucional, chamado de "PEC do teto de gastos", que congela os gastos públicos pelas próximas décadas potencializou o problema, visto que com o aumento da população e os investimentos paralizados, os gastos per capita, que já são pequenos, vão diminuir ainda mais.           Destarte, fica evidente que apesar da garantia constitucional do acesso democrático à saúde, a má gestão e os investimentos baixos dificultam sua aplicação. Para que isso mude, a mídia, como influenciadora da opinião da população, deve, por meio de programas e propagandas temáticas, ressaltar a importância da saúde pública de qualidade, denunciando irregularidades e a má administração visando engajar politicamente a população para que esta pressione seus representantes na esfera legislativa federal a fim de reverter os efeitos da PEC do teto. Dessa forma, o governo seguinte poderá retomar os investimentos nesse setor, que é fundamental para garantir a qualidade de vida do cidadão brasileiro.