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Enviada em: 26/03/2018

Saúde em estafa        Nem as Leis 8080 e 8142 são capazes de solucionar os graves problemas que o país apresenta desde de sua fundação (1822) elitista, hipócrita e preconceituosa. Quando se analisa o Sistema Único de Saúde (SUS) é possível notar as inúmeras tentativas de promover uma assistência de qualidade embora, as vantagens são detonadas ao saírem da teoria para prática, principalmente, por causa do funcionamento da máquina pública. As maiores dificuldades atuais da saúde brasileira se localizam na gestão e na burocracia.        Em primeira análise, a gestão da saúde no Brasil se baseia em priorizar os problemas iminentes, o que pode ser chamado de “apagar incêndio”, pois a falta de dinheiro que escandaliza quando é notícia no telejornal é algo que mata diariamente, devido aos repasses que raramente ou indevidamente ocorrem. Em 2017, o seriado sob pressão, da rede globo, exibiu como um diretor de hospital é corrompido pela necessidade de aparelhos novos para que se pudesse continuar prestando assistência a comunidade carente localizada em um morro na cidade do Rio de Janeiro, infelizmente, nada muito diferente do cotidiano do brasileiro.       Sob essa perspectiva, a base na qual funciona a máquina pública brasileira dificulta a rapidez do atendimento em todas as esferas, e, educação e saúde são as que mais sofrem com os processos, pois por existirem como opção privada, a qual é escolhida pelos representantes, eleitos pelo povo, a pública acaba sendo negligenciada. Além disso, as exigências de protocolos a cumprir e peregrinação nos hospitais em busca de atendimento, quase sempre, a morte do paciente sem a conclusão da assistência são os fatores que comprovam o quanto a burocracia extrema garante o diagnóstico de falência múltipla dos órgãos públicos.       Logo, as questões instauradas quando se trata da saúde pública do país necessitam de trabalho conjunto para solucioná-las. Dessa maneira, a população deve denunciar a falta de aparelhos e funcionários para os órgãos responsáveis em acolher, fiscalizar e avaliar tais acusações com o objetivo de otimizar a gestão. Outra forma seria a obrigatoriedade do uso de serviço de saúde pública por parte dos políticos para que essa seja cuidada com mais atenção pelos poderosos. Assim, a obrigação do Estado e o direito da nação acaba, pouco a pouco, sendo sucateada, abandonada e a população que não tem escolha sofre ainda mais com a desigualdade instaurada, e esse quadro pode ser revertido com essas ações.