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Enviada em: 29/03/2018

O progresso na saúde, propiciado pelo avanço da Medicina, tem possibilitado o surgimento de novas perspectivas ao desenvolvimento dessa área no Brasil. No entanto, mesmo com tal progresso, percebe-se que ainda existem inúmeros entraves no que tange ao oferecimento de uma saúde pública humanizada e de qualidade para a sociedade brasileira. Dessa forma, é preciso compreender quais são esses obstáculos, de forma a combatê-los e assegurar a qualidade na prestação desse serviço, que é um direito de todos.        Sendo assim, faz-se necessário elencar quais são os entraves que impedem a efetivação de uma saúde pública de qualidade no Brasil. Dentre esses obstáculos, pode-se citar o sucateamento de hospitais e a precarização da infraestrutura. Dessa maneira, a falta de suprimentos indispensáveis ao funcionamento das Instituições de Saúde, bem como dos procedimentos realizados pelos profissionais da área, refletem a negligência governamental com o cumprimento do seu papel, que é o de garantir o acesso de todos à saúde pública de qualidade, conforme previsto no artigo 192 da Constituição.       Por outro lado, a constante desvalorização sofrida pelo SUS ( Sistema Único de Saúde) refletre mais uma vez essa negligência e evidencia a mercantilização da Medicina. Por conseguinte, tem-se a desconsideração do tratamento humanizado e a priorização de um atendimento rápido e distante, visando a obtenção de lucro e nada mais. Além disso, a falta de hospitais universitários bem estruturados e de uma formação acadêmica consistente têm resultado na formação de profissionais da saúde com baixa qualificação e descomprometidos em prover um serviço de qualidade.        Por isso, de forma a reverter esse quadro de desvalorização da saúde pública, é primordial que o governo disponibilize recursos aos hospitais e realize campanhas de valorização do SUS, por meio da promoção de cursos de capacitação profissional para os atuantes na área e no aprimoramento da infraestrutura e do atendimento. Ademais, é essencial que os Conselhos Regionais de Medicina auxiliem na desconstrução do efeito mercadológico, ainda muito presente na profissão, mediante cobrança da conduta ética dos profissionais, através da inspeção nas unidades de saúde próximas. Além do mais, é imprescindível que a formação do profissional da saúde seja pautada no respeito aos valores humanos, como a alteridade e a empatia e na melhoria dos hospitais universitários. Ao cumprir todas essas medidas, depreende-se que será possível trilhar os caminhos em busca da concretização de uma saúde pública de qualidade.