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Enviada em: 03/04/2018

O Sistema Único de Saúde, programa idealizado pelo governo brasileiro para atendimento e inclusão de cidadãos em clínicas, postos, unidades e hospitais públicos, é considerado um exemplo para outros países em desenvolvimento, haja vista que sua proposta é assegurar o direito à saúde, especialmente às camadas mais pobres da sociedade. Entretanto, apesar do reconhecimento, esse projeto não vem sendo desenvolvido de forma eficiente, prejudicando milhões de pessoas e pondo em questão a satisfação da população quanto à saúde pública oferecida no país.         Primeiramente, é necessário destacar a importância do atual sistema de saúde para a população. Durante as décadas de 70 e 80, o programa de saúde existente era o INAMPS, que tinha como objetivo atender exclusivamente aos trabalhadores formais e seus respectivos dependentes. Logo, além de ferir o princípio da equidade, essa dinâmica focava seus serviços em urgências e emergências em detrimento de um método preventivo. Vale ressaltar que desempregados e trabalhadores informais representavam parcela significativa do contingente demográfico da época. Somente com a criação do SUS, toda a população brasileira foi beneficiada com o acesso à saúde pública.    Em contrapartida, apesar dos inúmeras vantagens adicionadas, problemas decorrentes da precariedade de atendimento vêm sendo registrados, como ausência de leitos, medicamentos ou materiais para realização de procedimentos médicos suficientes. Além disso, quanto à utilização da medicina preventiva, um dos grandes obstáculos existentes é a demora e dificuldade para a marcação de uma mera consulta, fruto de processos burocráticos e insuficiência de profissionais, fatos que acarretam na desistência de pessoas que tanto precisam de ajuda.       A falta de profissionais suficientes se deve à concentração dos mesmos em uma região específica, como a centro-sul, de forma que outras como o Norte e o Nordeste, conhecidas por grandes surtos de doenças, sofram com a escassez de cuidados e ajuda.        Portanto, é notório que o atual sistema de saúde apresenta grande importância e significância para muitos brasileiros. Porém, sofre diariamente com deficiências que tornam sua qualidade e eficácia comprometidas. Logo, é de extrema importância que o Governo Federal, maior responsável por investimentos no setor da saúde, dê mais atenção à essa esfera por meio de construção e manutenção de hospitais, postos de saúde, unidades de pronto-atendimento e clínicas que promovam uma assistência de caráter preventivo, além do abastecimento desses pontos com medicações e materiais essenciais para um bom atendimento. Simultaneamente, o Ministério da Saúde deve promover a distribuição dos profissionais capacitados existentes no mercado em todo o país.