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Enviada em: 05/04/2018

Apesar do SUS se destacar entre os países em desenvolvimento como um programa que abrange todo o contingente demográfico, é indubitável que o Brasil esteja passando por uma crise na saúde pública. Em razão desse grave fato, é essencial que o Estado, responsável pela garantia desse direito humano, tome medidas visando o bem estar da sociedade.      Não há duvidas que a ideologia proposta pelo SUS, teoricamente, representa um avanço para os brasileiros, especialmente aqueles pertencentes às baixas camadas sociais, haja vista que o modelo anterior, o INAMPS, oferecia atendimento hospitalar somente para uma pequena parcela da população. Atualmente, todos os cidadãos têm acesso à hospitais, unidades de pronto-atendimento e postos, independente de sua situação socioeconômica. No entanto, problemas como falta de infraestrutura e materiais, além da carência de profissionais e recursos humanos têm colocado em perigo a vida de milhares de pessoas.        Uma pesquisa realizada pelo Tribunal de Contas da União constatou que 77% dos hospitais não possui condições físicas adequadas para o atendimento dos pacientes e, nos 23% restante, os equipamentos essenciais para realização de exames não estão devidamente instalados. Também foi publicado que 80% das unidades já cancelaram atendimentos por falta de leitos e materiais ou medicamentos básicos. Assim, pode-se concluir que a maioria dos hospitais públicos brasileiros apresenta uma deficiência estrutural que compromete o bem estar dos pacientes.       Outro grave problema é a insuficiência de profissionais da área da saúde, justificada pela concentração dos mesmos na região sul do país, em detrimento das regiões norte e nordeste, conhecidas por surtos de doenças e problemas sociais. Em razão disso, são constantemente noticiadas indignações populares quanto à falta de médicos, enfermeiros e trabalhadores capacitados, assim como uma grande demora para o atendimento dos pacientes. Portanto, é nítido que o Brasil está enfrentando uma séria crise que, diariamente, põe em risco a vida de milhares de cidadãos.        Nesse sentido, é essencial que o Estado, previsto em lei como responsável pela saúde pública, promova mais investimentos no bem estar da população, por meio da construção e reforma de hospitais, unidades de pronto-atendimento postos e clínicas, de forma que estes possuam uma estrutura física adequada e sejam devidamente abastecidos com medicamentos e materiais básicos para um atendimento de qualidade. Outrossim, além do investimento em novos profissionais da área da saúde, devem ser distribuídos os já existentes em toda o território brasileiro, respeitando o principio da equidade e garantindo, na prática, que todos tenha acesso à saúde.