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Enviada em: 31/08/2018

As políticas para industrialização do Brasil, iniciadas em 1930, provocaram o deslocamento em larga escala de brasileiros das zonas rurais para os centros urbanos. No entanto, devido à falta de planejamento das cidades para receber muitos indivíduos, resultou no déficit habitacional, ou seja, pessoas vivendo em moradias precárias e em bairros sem estruturas. Nesse prisma, nota-se a necessidade de alternativas que visem a mudar essa realidade que persiste no país.    Primeiramente, destaca-se o contexto histórico, pois pela maior oferta de emprego, expressiva parte dos brasileiros concentram-se nas cidades. De acordo com o IBGE 80% da população vive em núcleos urbanos, mas em questão de habitação, os indivíduos de baixa renda possuem poucas opções, pois não conseguem se manter nos centros pelo alto custo da moradia. Nesse sentido, as alternativas são as periferias ou favelas, as quais, na maioria dos casos, apresentam uma infraestrutura precária, como a falta de saneamento básico, postos de saúdes e escolas.      Dessa forma, é notável que o fator de desigualdade social colabora para esse cenário, pois no mercado, as casas com boas condições são destinadas apenas para as classes mais privilegiadas. As pessoas que sobrevivem apenas com um salário mínimo, dificilmente podem manter um aluguel de uma casa boa e segura em um bairro planejado. As ocupações de prédios abandonados, em cidades como São Paulo e Rio de Janeiro, expõe a busca por moradias acessíveis fora da periferia.     Sob tal ótica, infere-se, portanto, que o problema do deficit habitacional persiste por muitos anos e precisa ser combatido. Dessa maneira, cabe Governo, por meio do Ministério das Cidades, utilizar recursos públicos oriundos de impostos para ampliar programas como o "Minha Casa, Minha vida" terminado obras e implementando o projeto em mais cidades. Ademais, utilizar esses recursos para recuperação de prédios abandonados e disponibilizá-los a população mais pobre com aluguel acessível. Procurando, dessa forma, promover um país mais iguálitário.