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Enviada em: 25/07/2019

No período da Bela Época, ocorrido no Brasil, o processo de urbanização fundamentou-se na estética das cidades europeias, afastando a população pobre dos centros urbanos. Não há dúvidas que, na contemporaneidade esse movimento refletiu diretamente na insuficiência de moradias qualificadas. Desse modo, não só o desatento estatal contribuiu para a persistência desse problema, como também o desemprego.     Em primeiro lugar, é inegável que a negligencia governamental diante desse cenário esteja entre os principais agravantes da escassez de moradia habitável, visto que, maior parte dos domicílios localizados nas periferias são construídos em ecossistemas inapropriados. Além dos riscos de desastres ambientais ocasionados pela instabilidade da estrutura do imóvel, os moradores não possuem saneamento básico. Logo, a população brasileira de classe baixa carrega uma herança deixada pelo Modernismo.    Outro aspecto a ser abordado, é o alto índice de desemprego na sociedade. De acordo com dados divulgados pelo IBGE, 28% dos empregados que não possuem carteira assinada são moradores de comunidades carentes. É notório que grande parte da população nacional de baixa renda que residem em favelas, não possuem o ensino médio completo, o que dificulta o ingresso ao mercado de trabalho. Por isso, muitas empresas privadas não disponibilizam oportunidades de serviços para essas pessoas.     Infere-se, portanto, que no Brasil muitas famílias vivem em assentamentos irregulares por questões sociais, nas quais devem ser resolvidas com urgência. Sendo assim, o Ministério das Cidades associados a equipes constituídas por engenheiros e arquitetos qualificados, desenvolvam planejamentos urbanos sustentáveis, por meio da criação de projetos que visem à construção estável não só de um saneamento básico, como também de casas em terrenos que não apresentem perigos topográficos, a fim de proporcionar maior estabilidade para essas famílias. Ademais, empresas privadas disponibilizem uma maior oferta de emprego para essas pessoas, através de entrevistas e cursos preparatórios pro cargo, com a finalidade de gerar novas oportunidade para aqueles que vivem às margens da sociedade.