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Enviada em: 27/09/2017

Em 1888, ao ser assinada, a Lei Áurea libertou os escravos brasileiros. No entanto, eles não tinham moradia e "subiram os morros", formando conjuntos habitacionais conhecidos como favelas. Esse fenômeno urbano, hoje, abriga grande quantidade de brasileiros, que sofrem com as adversidades devido ao lugar em que vivem e, também, com o descaso da administração pública. Assim, devem ser tomadas soluções para essas precárias partes das cidades.      Sabe-se que a qualidade de vida nas favelas é baixa. Isso decorre de diversos fatores, como a falta de saneamento básico de qualidade, a superlotação, a dificuldade de acessibilidade e a constante presença de traficantes, que trocam tiros com a polícia, causado pânico nos moradores. Isso tudo acarreta em uma discriminação por parte dos moradores de outras áreas da cidade, que tratam com receio a ideia de aproximação com essa zona peculiar. Todavia, as favelas desenvolvem uma cultura própria, em virtude de sua arquitetura, organização social e proximidade entre os moradores, isso responde ao fato de que 62% dos cidadãos desses conjuntos habitacionais gostam do lugar em que vivem.      Indubitavelmente, o governo brasileiro demonstra enorme descaso pelas favelas, sua cultura e sua gente. Há falta de programas para a melhora da infraestrutura desses locais, bem como de projetos para intensificar o policiamento, aprimorar a saúde e desenvolver culturalmente a população desses complexos habitacionais. Essa falta de interesse prejudica todo o município, não apenas a área que receberia os investimentos.      Dessa forma, devem ser tomadas medidas para solucionar esse descaso e essa discriminação com os moradores das favelas. As prefeituras devem investir para a melhoria do saneamento básico, da infraestrutura de casas, ruas, postos de saúde, hospitais, escolas e creches, além de intensificar o policiamento da região, para que os habitantes do local sintam-se mais acolhidos e tenham uma melhor qualidade de vida. Outrossim, o Ministério da Educação precisa promover diversos projetos sociais para, além de tirar as crianças e os adolescentes das ruas, desenvolver as habilidades de cada um, o coleguismo e o intelecto deles, valorizando a cultura da favela. Assim, será possível que ocorra um melhor relacionamento entre todas as partes da cidade.