Materiais:
Enviada em: 24/02/2018

Deficit habitacional e a desigualdade social no cenário do Brasil      No cenário da obra  "O cortiço" ,de 1890, Aluísio Azevedo descreve, com avidez, a miséria e as péssimas condições em que os personagens estão inseridos. Nele, percebe-se um espaço limitado sendo dividido com dezenas de pessoas, que, vivem "umas sobre as outras" partilhando uma moradia extremamente inadequada, construída sobre morros, e o mais distante possível da elite local. No contexto do século XIX, as favelas brasileiras, especialmente no Rio de Janeiro, retratam ainda um ambiente promiscuo e carente que abriga os menos favorecidos. Nota-se, nesse sentido, uma forte desigualdade social.       Vivendo em precárias condições de higiene e segurança, os moradores sofrem com a constante falta de segurança, uma vez que, estão desprotegidos da violência urbana e ainda, de fatores climáticos, como desabamentos e enchentes.       É importante ressaltar, nesse contexto, a forma como os jovens, moradores das favelas, lidam com sua perspectiva de futuro, levando-se em conta o constante contato com o tráfico de drogas, realidade inegável nesse espaço. Pode-se perceber com clareza este traço, no contexto do filme  brasileiro "Cidade de Deus", onde as crianças, desde muito cedo são incentivadas a entrar para o mundo do crime.            Sendo assim, não se pode negar que o deficit habitacional brasileiro e a desigualdade social andam lado a lado. A ausência de oportunidades iguais para todos os brasileiros é uma realidade e a desigualdade social deve ser combatida. Uma solução viável é a criação do projeto "Jovens estudantes das favelas", pelo Ministério da Educação, no qual, ministra-se aulas em campo aberto, palestras, testes vocacionais e afins com o objetivo de despertar o interesse por buscar uma profissão que possa permitir uma futura melhora no âmbito econômico e financeiro. Apenas quando a base do país for exclusivamente a educação, igualitária, os problema sociais poderão ser modificados.