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Enviada em: 24/02/2018

Lar, doce lar!            O déficit habitacional no Brasil está correlacionado a uma série de acontecimentos históricos que contribuíram, e muito, para o surgimento das cidades informais - termo utilizado pela ONU para se referir as populares favelas - que existem em todos os lugares do país, em especial nos grandes centros urbanos. Esse cenário é reflexo de um acelerado processo de industrialização que juntamente com outros fatores geraram a intensificação do êxodo rural. Uma vez que, a maior parte da população é urbana deve-se elaborar parcerias que permitam engajar a sociedade na construção de cidades sócio responsáveis aos seus cidadãos.            De tal maneira, o acesso digno a habitações  já é garantido pela declaração de direitos humanos e reforçado pela constituição de 1988. Entretanto, na prática, não é assim que funciona, desde a migração em massa da população rural para as cidades em busca de melhores condições, nunca houve políticas públicas eficazes de absorção desses indivíduos. E assim, as cidades foram crescendo desordenadamente.                 Além disso, o preconceito e a segregação socioespacial são motriz do aumento da violência, estranhamento entre as classes sociais, economia subterrânea,  informalidade, dificuldade de mobilidade, inchaço das periferias e diversos outros probleamas que precarizam ainda mais as questões habitacionais no Brasil. Todavia, esse ciclo vicioso precisa ser rompido com uma nova forma de inserir essas pessoas no convívio social.           Contudo, as oportunidade precisam chegar a todos os lugares, parcerias entre governos e sociedade civil, incentivos fiscais destinados a construção de casas por empresas privadas do setor, educação nas escolas implantadas em formas de discussões e feiras que permitam um olhar sob outra ótica positiva aos lugares que cresceram na informalidade e seus moradores. ONGs locais que ajudem em projetos de cooperativas e comunicação entre a iniciativa e poder público. Afinal, o ser humano necessita de um lugar com condições mínimas para chamar de lar.