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Enviada em: 25/01/2018

No limiar da hodiernidade, a obesidade ainda configura-se como um dos maiores causadores de doenças não transmissíveis, tais como diabetes, doenças cardiovasculares, cirrose, entre outras. Frente a essa realidade, o maior desafio a ser confrontado pelas crianças, pais, escolas e órgãos governamentais é a mudança nos hábitos alimentares. Além disso, outra grande barreira no combate à obesidade infantil, é fazer com que a criança saia de uma rotina, as vezes, totalmente sedentária e começe a praticar atividade física com regularidade.          Em qualquer processo de emagrecimento saudável e sem processos cirúrgicos invasivos a reeducação alimentar é imprescindível. No entanto, quando se trata de combate à obesidade infantil, este processo é um pouco mais complicado, pois a variedade de alimentos é imensa e juntamente com uma forte circulação de propagandas infantis, na qual a criança é estimulada desde cedo a consumir grandes quantidades de carboidratos simples, gorduras saturadas e hidrogenadas, entre outros, faz com que seja uma tarefa árdua manter uma criança em déficit calórico. Desse modo, uma dieta balanceada é fundamental no combate à obesidade infantil.          Nesse contexto, outro grande desafio no combate à obesidade infanto-juvenil é incluir na rotina da criança a atividade física. Segundo os princípios da Nutrição, para que uma pessoa perca peso é necessário que ela esteja em déficit calórico. Sendo assim, a atividade física torna-se um grande catalizador no processo de emagrecimento, ao acelerar o processo de fazer com que a criança gaste mais calorias do que consome. Dessa forma, esportes em geral, não só contribuem para o emagrecimento da criança, mas também faz com que o indivíduo se torne, acima de tudo, um ser social, o que segundo Aristóteles faz parte da natureza humana.           Infere-se, portanto que a obesidade infantil é uma questão de saúde pública. Nessa perspectiva, cabe ao Ministério Público, filtrar grande parte da publicidade infantil, no que se refere a alimentação, e proibir qualquer tipo de propaganda que engendre a criança a consumir o que os nutricionistas chamam de calorias vazias, ou seja, alimentos altamente calóricos e que não possuem nenhum ou pouquíssimos nutrientes. Ademais, é preciso também que os professores, durante as aulas práticas de educação física, despertem nos alunos o desejo pelo esporte, deixando-os à vontade para escolherem àquela categoria na qual se sintam confortáveis, fazendo da aula um momento de diversão e que sintam vontade de praticá-la dentro e fora da escola. Assim, observada a ação conjunta de uma dieta balanceada e a prática regular de atividade física, a obesidade deixar-se-á de ser a  maior causadora de doenças não transmissíveis.