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Enviada em: 20/06/2018

No período de Renascimento Cultural da Europa, estar acima do peso era considerado algo positivo, visto que representava ostentação alimentícia numa época em que muitos passavam fome. Entretanto, sabe-se, hoje, que a obesidade pode significar um risco ao bom funcionamento do corpo, principalmente dos indivíduos que estão em fase de amadurecimento, como é o caso das crianças. Nesse sentido, percebe-se que a falta de preocupação familiar em relação à alimentação dos pequenos, em consonância com os novos hábitos culturais, perenizam o impasse analisado.      Com o advento da Revolução Industrial, no século XVIII, e as transformações tecnológicas ocorridas, como a invenção do automóvel, o hábito de comer fora se tornou rotineiro no contexto familiar do mundo globalizado. Além disso, a popularização de empresas no ramo alimentício, como a célebre McDonald's na década de 70, fez com que os costumes de alimentação saudável fossem substituídos por refeições rápidas, como as chamadas "fast-foods", que são preparos altamente gordurosos, oferecendo sérios riscos ao sistema circulatório da população. As crianças, por não terem um senso crítico bem desenvolvido, são atraídas pelos brinquedos e imagens coloridas veiculadas por tais empresas. Nesse sentido, a própria falta  de controle dos pais contribui para a manutenção desses hábitos adversos, o que corrobora o senso do Ministério da Saúde, em que 1 a cada 3 brasileiros de 5 a 9 anos são considerados obesos, autenticando a problemática abordada.          Outrossim, sob a ótica do filósofo Aristóteles, "a felicidade e a saúde são incompatíveis com a ociosidade". Diante disso, nota-se que o pouco engajamento das crianças em práticas que envolvem movimentação corporal, aliado à popularização dos novos costumes tecnológicas, constitui um outro fator que favorece o acúmulo de adipose nos tecidos humanos. Nessa perspectiva,   deve-se estimular nos pequenos o gosto pelas brincadeiras tradicionais, de tal forma que o sedentarismo não seja mais adotado como um estilo de vida, para a possível reversão do entrave vigente .          Portanto, tendo em vista os prejuízos que a obesidade pode causar na saúde das crianças, seu combate deve ser rapidamente efetivado. A princípio, o Ministério da Educação deve se unir a todas as escolas e às famílias dos próprios alunos, objetivando criar uma cartilha com uma lista de alimentos classificados em benéficos ou não, envindo-a para os pais e conscientizando sobre a importância de segui-la nas refeições diárias. Ademais, as mídias televisivas podem promover uma campanha de valorização das brincadeiras e jogos do passado, veiculando vídeos com instruções e regras para incentivar os mais jovens a aderirem velhas práticas corpóreas. Desse modo, tende-se a erradicar o sendentarismo e a  obesidade, visando tornar felicidade e saúde compatíveis com os hábitos vigentes.