Materiais:
Enviada em: 08/02/2018

Pega-pega, pique-esconde, amarelinha. Essas são algumas das brincadeiras infantis comuns atualmente ou deveriam ser. Porém, ao analisar o panorama brasileiro não é isso que ocorre. Seja pelo cômodo estilo de vida ou até mesmo pela influência midiática, problemas de saúde, como a obesidade, atingem as crianças e assinalam a urgência para combatê-la.       Em primeiro lugar, antes de tudo, é necessário destacar o comportamento contemporâneo que acaba por influir nos pequenos. Segundo o geógrafo brasileiro Milton Santos, vivemos hoje o auge da globalização - o meio técnico científico informacional - caracteristicamente imediatista. Isto é, o mundo capitalista nos trouxe uma dinâmica de praticidade e rapidez. Desse modo, nossas escolhas refletem essa realidade, principalmente na alimentação. Os pais e responsáveis então, cada vez mais apressados e ocupados, consomem e estimulam seus filhos com os maus hábitos alimentares, tal como as comidas extremamente calóricas, com altos teores de sódio e gordura que qualificam o sobrepeso.       Por outro lado, os meios de comunicações agravam a situação e retardam as perspectivas de mudanças da problemática. Utilizando o conceito de indústria cultural do filósofo Theodor Adorno, a mídia tem por grande finalidade ortogar o sistema, ou seja, tornar-se replicante e ditadora de ideias para o uso. No caso infantil, a criança que tem contato midiático, não passa de mero instrumento de consumo, de objeto. Dessa maneira, é seduzida pelas propagandas e anúncios de industrializados, fazendo com que se desinteresse por alimentos saudáveis e nutritivos que outrora eram lhe oferecidos.       Mediante os fatos supracitados, fica claro, portanto que a obesidade infantil é um desafio a ser vencido entre a sociedade. Para isso, escolas em parceria com o Ministério da Saúde devem modificar os cardápios tornando-os saudáveis e saborosos a fim de barrar o problema, bem como nutrólogos e pediatras promoverem palestras e práticas que instiguem os alunos a cultivar a alimentação com responsabilidade. Importante elencar as atividades físicas que podem ser feitas ao ar livre para evitar o sedentarismo e futuras doenças nos pequenos. Além disso, cabe a família a participatividade na vida da criança, como exemplo, envolvê-las nas compras e preparos dos alimentos a fim de incutir o bom exemplo e os benefícios da alimentação consciente. E por fim, a mídia deve influenciar positivamente o público infantil, incentivando através da boa publicidade a importância da nutrição saudável para alcançar a vitalidade. Só assim, consoantes essas medidas, esse empecilho será superado e uma sociedade mais sadia surgirá.