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Enviada em: 10/02/2018

A aclamada obra Vidas Secas trouxe aos holofotes a miséria enfrentada pela população brasileira no século XX, colocando a fome em destaque. Frente ao século XXI, o quadro é dado de maneira oposta devido ao sedentarismo e à má alimentação principalmente entre as crianças, cujos estímulos são precoces, desencadeando grandes desafios para o combate à obesidade infantil.   Contrariando o século passado, a batalha contra a fome aparenta ser algo deixado para trás visto que a população está ficando cada vez mais obesa. Porém, é necessário entender que existem diferenças entre alimentar-se e estar  bem nutrido e com todas as necessidades fisiológicas atendidas e esse é um ponto importante para a discussão da obesidade infantil.    Os estímulos para a má alimentação partem de propagandas chamativas à brindes exclusivos, porém, o mais atrativo, principalmente aos adultos são os preços baixos. Uma alimentação em fast food se dá por muito menos que produtos frescos comprados nos mercados, no entanto, essa comida barata é rica em sódio, conservantes, açúcares e gorduras, causando diversas doenças ao corpo além do ganho de peso excessivo.   Ainda de acordo, as crianças desde muito cedo criam o hábito sedentário, deixando brincadeiras nas ruas e socialização com outras crianças de lado para horas de programas repetidos em celulares e computadores. Como consequência há menor gasto calórico, pior condicionamento do corpo e o maior surgimento de doenças precocemente.   Dentre os problemas citados, algumas medidas podem ser tomadas, como por exemplo o apoio dos gestores ao mercado de produtos naturais, reduzindo preços e custos, o incentivo mediante a construção de mais quadras e praças  a fim de criar hábitos saudáveis na população. Deve haver também incentivo nas escolas, postos de saúde e, partir também dos próprios pais, para um uso menor de equipamentos eletrônicos. Embora seja um problema grande e preocupante, é necessário agir imediatamente, pois as crianças de hoje serão os adultos de amanhã.