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Enviada em: 30/10/2018

Promulgada pela ONU em 1948, a Declaração Universal dos Direitos Humanos garante a todos os indivíduos o direito a Saúde e ao bem-estar social. Conquanto, a obesidade infantil impossibilita que essa parcela da população desfrute desse direito universal na prática. Nessas perspectivas, a nação brasileira perpassa um desafio, que ocorre devido não só a falta de atenção familiar, mas também às propagandas midiáticas.       Em primeira análise, é valido ressaltar que o Brasil ocupa a nona posição na economia mundial, sendo racional acreditar que o Brasil possui um sistema público de ensino eficiente. Contudo, a realidade é justamente o oposto e o resultado desse contraste é claramente refletido no aumento de peso infantil. Segundo pesquisa realizada pela USP, uma a cada três crianças está com sobrepeso. Diante do exposto, percebe-se que os pais não estão interessados em educar os filhos, visto que os deixam sozinhos por várias horas, a mercê de refeições congeladas e gordurosas, sabendo que não fazem bem a saúde de um corpo em crescimento. Sendo assim, descrição comprova os dados consultados e trás um alerta às famílias brasileiras sobre o comportamento para com seus próprios filhos.       Outrossim, é mister salientar as mídias sociais e televisivas como impulsionadores do excesso de peso. De acordo com o sociólogo Zygmunt Bauman, a falta de solidez nas relações sociais, políticas e econômicas é a característica da "modernidade líquida" vivida no século XXI. Diante do contexto, é possível confirmar as publicidades como propulsores da comida rápida e fácil, no qual os adolescentes são induzidos a consumir, em virtude de serem tentadoras, afirmando que trazem sensação de prazer e felicidade. Ademais, o capitalismo não está preocupado com a saúde, e sim, em obter lucros. Dessa forma, consomem cada vez mais esses alimentos, gerando um círculo vicioso e uma geração com péssimos hábitos alimentares.       Portanto, indubitavelmente, medidas são necessárias para resolver a problemática. Dessa maneira, urge que escola e família se unam em prol dos pequenos cidadãos para promover melhorias no sistema de ensino público, por meio de projetos, discussões, como alimentos saudáveis, exercícios físicos, tanto no ambiente escolar como em casa, para que esse grupo tenha uma vida vigorosa. É imprescindível, também, que o Conselho Nacional de Autorregulação Publicitária (CONAR) regule propagandas que adotem o consumo de alimentos naturais, a fim estimular a inclusão deles na mesa do brasileiro para que as crianças tenham sua vida e seu corpo preservados.