Enviada em: 28/02/2018

Na concepção do filósofo Sócrates, a moderação é uma das virtudes que forma o caráter da juventude. Essa qualidade tem-se tornado ausente quanto à alimentação de crianças entre 5 e 9 anos, haja vista que tal período é marcado pelo excesso de peso. Esse fato justifica-se pelo descuido dos pais em relação à dieta, e, ao mesmo tempo, pela produção em massa de comidas prontas ligadas à publicidade infantil.       Posto que os adultos ocupam-se excessivamente com seus empregos, os mais jovens tendem a ser negligenciados. O hábito de preparar refeições no dia anterior transformou-se em uma necessidade, contanto, a falta de informação pode fazer com que a dieta alimentar das crianças perca nutrientes fundamentais. Segundo a Confederação Nacional das Cooperativas Médicas (UNIMED), existem alimentos que não devem ser reaquecidos, pois podem liberar certas toxinas prejudiciais à saúde.       A publicidade direcionada ao público infantil é vista por muitos como enganosa e manipuladora. Os responsáveis pelas campanhas publicitárias usam ferramentas ultrajantes, tendo como exemplo a escolha intencional de personagens populares entre os menores de idade. Além disso, algo que chama a atenção dessa parcela mais nova é o benefício de receber brindes que acompanham comidas prontas, tais como os hambúrgueres comercializados em franquias de "fast-food". Todavia, uma nutrição rica em gorduras saturadas aliada ao desejo de colecionar novos brinquedos gera uma grave consequência: a obesidade.       Portanto, para prevenir doenças crônicas causadas pelo excesso de peso, o Ministério da Saúde deve propor a redução da taxa de gordura nos alimentos mais ingeridos pelas crianças. Ademais, os conselhos de serviço social têm a obrigação de inspecionar os cardápios escolares e certificarem-se de que foram elaborados por um nutricionista. Por fim, profissionais da saúde devem estar à disposição das escolas públicas para agendar consultas aos estudantes de renda baixa com sintomas relacionados à doença em questão.