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Enviada em: 01/03/2018

Thomas Malthus, entre os séculos XVIII e XIX, se preocupou com crescimento exacerbado da população, pois ele acreditava que a quantidade de alimentos crescia em uma progressão aritmética, enquanto o número de habitantes em progressão geométrica. Partindo-se dessa perspectiva, antes a preocupação pela falta de comida era notória. Agora o excesso também configura-se como temor, principalmente, quando fala-se da  alimentação excessiva entre crianças e adolescentes, caracterizando um grande problema do Brasil: a obesidade infantil.         Mormente, a dinamicidade diária acaba sendo um empecilho para boa nutrição de parte do grupo infantojuvenil no Brasil. Segundo o Ministério da Saúde, um terço das crianças brasileiras entre 5 e 9 anos de idade estão acima do peso. Um dado preocupante, mas com fatos evidentes para o modo de vida atual. Para Karl Marx, no materialismo histórico, a condição material determina a forma de viver da sociedade. Assim, a cinética da globalização faz os pais das crianças optarem por alimentações rápidas, como comidas industrializadas e redes de fast food, que são bastante calóricas e pouco nutritivas. Além disso, o sedentarismo entre jovens, causado na maioria das vezes pela tecnologia, ajuda a influenciar na obesidade infantil e configura-se como um obstáculo à saúde pública.          Ademais, a péssima qualidade das refeições e a falta de práticas esportivas são as principais causas de doenças nas quais afetam as crianças acima do peso. O produto desses hábitos provocam problemáticas como AVC, diabetes, lesões nas articulações, apneia, aumento dos níveis de colesterol e triglicerídeos. Junto a isso, existe outras adversidades no dia a dia desse público, por exemplo o bullying. Por conseguinte, o documentário ''Muito além do peso'' evidência a realidade das famílias que sofrem com os filhos obesos, mostrando o estresse diário na vida dessas pessoas e a necessidade constante de alimentar o filho o qual a todo momento deseja comida, pois já foi mal acostumado com esse hábito, sendo muito complicado barrar.             Diante dos fatos expostos, medidas devem ser tomadas a fim de acabar a obesidade infantil no solo brasileiro. Logo, é imprescindível o Ministério da Saúde juntamente com a Mídia, investir em campanhas que fomentem os pais a alimentar seus filhos de modo mais saudável, equilibrando bem os tipos de alimentos. Cabe ainda ao Estado, incentivar a prática do esporte entre as crianças, através da construção de ginásios, piscinas, ciclovias. Ainda, é necessário a parceria entre Escola e Ministério da Saúde, no sentindo de regular quais comidas podem ser oferecidas nas instituições de educação. Além do acompanhamento de nutricionistas instruindo aos pais como reeducar a alimentação em casa, influenciando mais tipos de frutas e menos mantimentos industriais, para um futuro saudável do Brasil.