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Enviada em: 04/03/2018

“Comer, comer é o melhor para poder crescer”. A cantiga cantada com ânimo por crianças propiciou um efeito bastante significativo na sociedade. A obesidade infantil é um problema de saúde que acomete mais de 50% dos jovens, segundo o Ministério da Saúde. Decerto, haja vista que o aumento substancial de peso tem consequências preocupantes para a saúde e bem-estar de crianças e adolescentes, a obesidade é uma questão que deve ser analisada e atenuada.     Consoante o sociólogo Karl Marx, o modo de vida de uma sociedade é definido de acordo com o sistema econômico vigente na época. Suscitado pelo materialismo histórico-dialético, Marx afirma que o impacto do capitalismo faz com que grandes industrias influenciem o comportamento das populações. Assim, empresas alimentícias produzem em seus ofícios as chamadas “comidas plásticas” (baixo teor nutritivo) e propagam aos jovens e adultos como uma alimentação positiva, visto que são preparadas e prontas para serem consumidas de forma rápida. Desse modo, o fenômeno das “fast foods” são ainda mais populares entre crianças e adolescentes e contribui, dessa maneira, para o aumento de gordura nos tecidos adiposos e possivelmente para a obesidade.     Outrossim, pode-se evidenciar que a obesidade infantil gera consequências negativas para a saúde dos consumidores. As comidas industrializadas vendidas por empresas como McDonald’s e Burger King, por exemplo, contêm um alto teor de amônia (NH3), para maior conservação, além dos elevados níveis de sódio e açúcar, principais substâncias que, respectivamente, causam doenças como a hipertensão e diabetes. Destarte, a alimentação inapropriada, com baixos índices nutritivos (como vitaminas), diminui a qualidade de saúde e bem-estar e posteriormente a expectativa de vida do indivíduo. Logo, a redução do consumo de alimentos ofensivos ao organismo é essencial para a atenuação do problema da obesidade infantil.    Fica evidente, portanto, que existe uma série de medidas que possam levar a diminuição e o possível combate à obesidade infantil. A primeira delas é a participação ativa da família na educação alimentar dos filhos. Mães e pais devem efetuar o controle do consumo de “fast foods” e introduzir frutas, verduras e legumes no cardápio diário das crianças. Além disso, é importante que os veículos midiáticos produzam propagandas que despertem o senso crítico da sociedade acerca da má alimentação, com o objetivo de que as pessoas possam conhecer os efeitos alarmantes da obesidade. Ademais, é imprescindível que a FAO, órgão de alimentação da ONU, estipulem limites mais rigorosos aos níveis de sódio e açúcar que está contido nos produtos ofertados pelas empresas alimentícias, a fim de reduzir as doenças decorrentes dessas substâncias.