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Enviada em: 04/03/2018

Hodiernamente, com a ascensão do capitalismo, as pessoas encontram-se sempre ocupadas e sem tempo para atividades básicas, como a própria alimentação e exercícios físicos. Com isso, na tentativa de minimizar a agitação cotidiana, os indivíduos acabam desenvolvendo péssimos hábitos alimentares, os quais imprimem-se também às crianças. Assim, considerado o aumento desenfreado no número de casos de obesidade, urge a elaboração de uma educação alimentar nas famílias brasileiras.        Desde a década de 1970, foi observada uma mudança na alimentação da população brasileira. Isso aconteceu porque, apesar de produzirem tudo aquilo que comiam, de forma saudável, muitos brasileiros ainda sofriam com o problema da desnutrição, devido à distribuição desigual de terras. Desse modo, ocorreu o êxodo rural, o qual promoveu uma queda na agricultura familiar, o aumento dos latifúndios e o progresso na industrialização. Assim, com a pressa característica da vida urbana e com a falta de acesso a uma educação alimentar, as pessoas optam por comidas baratas, rápidas e calóricas, os industrializados, repassando essa rotina aos seus filhos. Outro problema é a dificuldade em reconhecer a obesidade como uma doença, a qual envolve fatores biológicos, comportamentais, socioculturais e econômicos, tratando apenas as doenças resultantes dessa condição.       Destarte, surge grande preocupação com o futuro das crianças brasileiras. Isso porque, no país, segundo o Ministério da Saúde, uma em cada três crianças entre 5 e 9 anos está acima do peso e 8,4% dos adolescentes são obesos. Assim, caso continuem sedentárias e com maus hábitos alimentares, serão adultos doentes, possuindo uma expectativa de vida menor que a de seus pais. Atualmente, já percebe-se um aumento da prevalência de diabetes, hipertensão e diversas doenças cardiovasculares, as quais são as principais causas de morte no mundo. Além disso, as crianças obesas, por estarem sempre cansadas e indispostas, podem apresentar dificuldades para fazer algum esporte ou atividade física, o quais são excelentes meios de socialização nessa faixa etária. Dessa forma, podem desenvolver também distúrbios como depressão, considerada o "mal do século", bulimia e anorexia.       Evidencia-se, portanto, ações socioestatais como  fundamento para extermínio da obesidade infantil. A partir disso, urgem medidas do Ministério da Educação de uma reorganização dos cardápios das escolas brasileiras, além da inserção da educação nutricional como componente curricular do ensino médio. Apesar disso, para que as medidas do Estado logrem êxito, é preciso haver participação civil, por meio das próprias famílias, a fim de educar o paladar das crianças desde cedo, e de Organizações Não Governamentais, com palestras e debates sobre essa temática. Por fim, é de suma importância a existência de campanhas midiáticas de incentivo à alimentação saudável.