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Enviada em: 11/03/2018

"O homem é o que ele come". A frase do filósofo, de cunho materialista, Ludwig Feuerback traduz um dos maiores problemas de saúde pública a nível mundial nos dias de hoje. O excesso de peso representa um dos grandes vilões da vida saudável, servindo de base para inúmeras doenças.Vale ressaltar que a obesidade é considerada um processo patológico, desconfigurando o cenário estético onde ficou inserida por muitos anos.           De acordo com dados do Ministério da Saúde de 2018, cerca de 15% das crianças brasileiras estão acima do peso. Outrossim, as projeções da Organização Mundial da Saúde para o ano de 2025, evidenciam um índice de 75 milhões de crianças com sobrepeso e obesidade no mundo, sendo, aproximadamente, 11,3 milhões no Brasil. Nesse contexto, é importante salientar que, o ganho de peso, principalmente visceral ou abdominal, desencadeia outras graves doenças como, hipertensão arterial sistêmica, diabetes mellitus e doenças cardiovasculares, com alto índice de morbidade e mortalidade se não tratadas, além de distúrbios psicológicos importantes.         Diante disso, os fatores mais relevantes desencadeadores do ganho de peso são a má alimentação, o sedentarismo, a má qualidade do sono e os distúrbios hormonais. Sabe-se que, as crianças e os adolescentes de hoje vivem mergulhados na internet, por longos períodos do dia ou da noite, ingerindo alimentos gordurosos e calóricos, sem praticamente se exercitarem. Tal cenário traduz a vida cotidiana atribulada em que seus pais encontram-se, na justificativa de oferecerem melhores condições de vida a seus filhos, que na maioria das vezes serão adolescentes ou adultos doentes. Entretanto, a raiz do problema inicia-se nos primeiros anos de vida desses jovens, com a introdução de refeições inadequadas para a faixa etária e o estímulo, cada vez mais precoce, ao uso de aparelhos eletrônicos, como celulares ou iPad/tablets. Embora, a tecnologia seja uma ferramenta de suma importância para o desenvolvimento intelectual das crianças e adolescentes, sendo uma aliada no processo de ensino-aprendizagem, é necessário, todavia, que essa interação obedeça um limite diário, para não acarretar maiores problemas no cotidiano dessa população, como a obesidade.           Assim sendo, é necessário uma ação conjunta dos pais e escolas no que tange a reeducação alimentar das crianças, com palestras educativas, tarefas de casa com temas associados a vida saudável e a introdução de alimentos naturais na escola e em casa, a fim de criar um ambiente favorável a promoção da saúde desde o início da vida ativa dessas crianças. Desse modo, é possível concluir que a educação e a prevenção é o caminho mais certeiro para a cura desse mal que assola o mundo, a obesidade.