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Enviada em: 21/03/2018

Na Constituição Federal de 1988 está previsto que é dever do Estado garantir a saúde mediante políticas sociais e econômicas que visem a redução dos riscos de doenças. Em oposição a tal preceito, vê-se que no Brasil tem sido discutido sobre os desafios do combate a obesidade infantil. Nesse contexto, há dois fatores que não podem ser negligenciados: a influência da mídia na má alimentação e os efeitos sociais resultantes dessa problemática.                    Em primeira análise, cabe pontuar que o modelo econômico vigente no país, o capitalismo, possui como característica principal o consumismo, e esse fator reflete na alimentação. Comprova-se isso por meio de observação das propagandas publicitárias voltadas para o público infantil que circulam pela mídia, como os fast-foods que associam a compra do alimento aos brindes, incentivando ainda mais o consumo. Portanto, é indispensável a fiscalização de propagandas apelativas que dificultam o combate à obesidade.             Ademais, convém frisar que o excesso de peso pode gerar diversos efeitos sociais, como a discriminação. Prova disso está na ocorrência de casos de bullying contra crianças acima do peso, o clássico desenho infantil Turma da Mônica é um exemplo de manifestação dessa prática, já que a personagem principal é chamada de gorducha pelos colegas. Desse modo, é imprescindível que ocorra uma mudança de mentalidade populacional para melhor convívio social.                  Diante do exposto, para que a saúde seja, de fato, assegurada na prática como prevê a Constituição Federal, é necessária cooperação mútua de diversos atores sociais. Nessa perspectiva, a CONAR deve impedir a vigência de propagandas que incentivam exacerbadamente o consumo de alimentos não saudáveis direcionadas ao público infantil, por meio da promoção do ato de denúncias da população brasileira via ligações telefônicas, com o objetivo da redução da influência do consumismo.