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Enviada em: 25/03/2018

Na Pré-história, os filhotes dos primeiros hominídeos corriam perigo ao começarem a andar sozinhos e ficarem mais autônomos - tornarem-se presa de animais ou comer alguma coisa desconhecida que pudesse matá-los. Em geral, as plantas tóxicas e desconhecidas tinham uma característica em comum: eram verdes e amargas.De acordo com cientistas, a aversão aos vegetais que muitas crianças demonstram, especialmente a partir de 1 ano de idade, pode ser ainda um resquício da "regra evolutiva". Entretanto, essa comum aversão à alimentos de origem natural, aliado à publicidade abusiva e a falta de incentivo das escolas a atividade física e alimentação saudável é um dos principais fatores da obesidade infantil, ser, atualmente, uma das maiores causas de morte no mundo.  Em uma primeira análise, é importante destacar que as campanhas de marketing não apenas influenciam as escolhas alimentares na infância, mas também buscam fidelizar consumidores desde a mais tenra idade. O documentário "Muito além do peso" mostra uma entrevista com crianças que dizem que compram lanches e biscoitos por causa do personagem na embalagem ou do brinquedo que acompanha. Diante disso, a publicidade de alimentos é um dos obstáculos para a alimentação saudável. Por isso, a regulação é necessária, pois a publicidade estimula o consumo de alimentos ultraprocessados, induzindo a população a considerá-los mais saudáveis, com qualidade superior aos demais, e frequentemente associá-los à imagem de bem-estar, felicidade e sucesso. Além do mais, o documentário também mostra a história de Leo, um menino de 8 anos que sofre com a obesidade. Leo conta que na sua escola a educação física dura 15 minutos - quando não é teórica - e que eles não aprendem nada sobre alimentação. Falta de incentivo a educação física e alimentação saudável nas escolas é diretamente proporcional ao crescimento da obesidade infantil que além de problemas cardíacos, respiratórios e neurológicos podem causar, segundo a psiquiatra Ana Beatriz Barbosa, transtornos psíquicos como ansiedade e depressão.  Diante da situação exposta, faz-se necessário medidas para reverter esse problema. Primeiramente, aos órgãos midiáticos cabe a criação do "Horário Nutricional" que seriam propagandas visando ensinar valores nutricionais dos alimentos a fim de que a população tome conhecimento sobre o assunto. Além disso, ao Ministério da Educação cabe a mudança da grade curricular e a introdução da nutrição como disciplina obrigatória das escolas públicas e privadas, mediante aula, palestras e debates realizados pelo profissional da área. Por fim, as escolas devem criar hortas e colocar as crianças para plantar e colher os alimentos, que serão o lanche da escola com o objetivo de incentivar o consumo de alimentos naturais, afinal, já dizia Hipócrates "que seu alimento seja o seu remédio e que o remédio seja alimento"