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Enviada em: 02/04/2018

Há alguns anos, crianças acima do peso eram consideradas saudáveis, visto que as subnutridas eram mais vulneráveis a infecções. Entretanto, na sociedade atual, essa conjuntura mudou e os números relacionados ao sobrepeso e a obesidade infantil são preocupantes. Posto isso, é necessário enfrentar os desafios que esse imbróglio gera e visar pela saúde dos pequenos cidadãos brasileiros.    Com o advento das Revoluções Industriais e o desenvolvimento econômico, o cotidiano dos indivíduos está cada vez mais atribulado. Como resultado, a qualidade da alimentação desses e de seus filhos está deteriorando, ao mesmo tempo em que a presença de alimentos industrializados e fast foods aumenta em sua vida. Nesse sentido, as crianças, sem autonomia e discernimento para escolher criteriosamente sua alimentação, sofrem com as consequências do consumo exacerbado de comidas não saudáveis. Aliado a essa situação, está o sedentarismo, o qual contribui para o acúmulo de gorduras no organismo de quem as possui em excesso. Logo, o conjunto de hábitos da vida moderna auxiliam o crescimento ininterrupto dos indicadores de obesidade infantil no Brasil.       Segundo o Ministério da Saúde, o número de crianças obesas no país aumentou 79% entre 2008 e 2013. Em virtude desses altos índices, outros malefícios fazem parte da vivência infantil, entre eles problemas de saúde derivados da alta quantidade de gordura no organismo. Presencia-se na população infantil o aumento de distúrbios como o colesterol elevado, diabetes e problemas nas articulações, os quais possuem mais gravidade quando presenciados na infância. Além disso, a obesidade também causa adversidades sociais na vida desses pequenos indivíduos, como o bullying, que pode dar origem a distúrbios psicológicos futuros. Ademais, quando ficam obesos durante a infância, terão mais chance de manter essa condição durante a vida adulta. Em suma, crianças obesas sofrem não só pela sua condição, mas por outros malefícios advindos dela.     Portanto, faz-se inegável enfrentar os desafios impostos pela obesidade infantil. Visando combater essa problemática, é ideal que instituições educacionais busquem oferecer merendas saudáveis, com orientação de nutricionistas, bem como criem projetos a fim de estimular a prática de atividades físicas na idade infantil. Além disso, são primordiais as campanhas publicitárias, efetuadas por parcerias entre o Ministério da Saúde e ONGs, com o intuito de alertar os pais sobre os riscos e consequências de uma nutrição inadequada. Assim, será possível que, no futuro, as crianças possam aproveitar a sua infância de maneira saudável, resultado da minimização da obesidade infantil.