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Enviada em: 26/03/2018

A obesidade infantil tem números alarmantes no Brasil. Segundo dados do Ministério da Saúde, uma em cada três crianças está com excesso de peso, e 8,4% dos adolescentes são obesos. Considerando a premissa de Paulo Freire que a educação é fundamental para a transformação da sociedade, o direcionamento de ações educacionais fomentando a prática  de atividades físicas e uma alimentação saudável são essenciais para o combate a esse grave problema de saúde pública. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação estabelece que todos os indivíduos entre 4 e 17 anos deve estar na escola. Logo, o fomento à prática de atividades físicas nas três etapas da Educação Básica pode contribuir de forma significativa para o combate à obesidade infantil. Considerando que o Brasil está em um processo de aumento do período escolar, seria fundamental que fossem destinados mais tempos às aulas de Educação Física. Além disso, ações que incentivem a prática de exercícios e esportes no recreio e em outros horários fora da sala de aula também podem ajudar na diminuição da prevalência de excesso de peso em crianças e adolescentes.  Outro aspecto fundamental no combate à obesidade infantil é o estímulo à adoção de uma alimentação saudável. Projetos pedagógicos interdisciplinares que englobem esse tema podem contribuir para a redução do número de crianças e adolescentes com excesso de peso. Ações educacionais que envolvam informações calóricas sobre os alimentos, criação de uma horta e receitas com alimentos saudáveis são alguns exemplos de conteúdos que podem ser incorporados ao currículo. Portanto, ações educacionais voltadas para o aumento dos níveis de atividade física e uma alimentação saudável dos escolares têm o potencial de modificar o atual cenário de obesidade infantil, uma vez que ambos estão diretamente relacionados ao status de peso. Tais medidas devem ser incorporadas de forma permanente, de modo a contribuir para a adoção de hábitos saudáveis não só da atual, mas também de gerações futuras.