Materiais:
Enviada em: 27/03/2018

A saúde das crianças vem enfrentando múltiplas adversidades em nosso atual cenário globalizado. Nota-se que, desde a Revolução Industrial, temos tomado demasiada distância dos alimentos provenientes da terra e, por consequência, nos aproximado de maneira exorbitante dos empacotados, enlatados e afins. Também advindo do atual cenário, a população como um todo pratica menos atividades físicas. Além disso, o crescente número de crianças nascidas via cesariana e alimentadas com fórmula láctea também gera um numeroso impacto neste aspecto.   Primeiramente observamos como resultado ao ritmo de vida frenético exigido atualmente que a falta de tempo dos pais para preparar alimentos mais naturais aliado ao grande apelo publicitário dos produtos destinados ao público infantil são fatores determinantes para a rotina alimentar das crianças na atualidade. Outrossim, o tempo que falta para alimentação adequada míngua igualmente para a pratica de atividades físicas. Nota-se também que, em consequência do crescimento das cidades, as ruas se tornaram violentas o que faz a grande maioria dos pais preferirem os filhos em casa com seus eletrônicos. Excesso de calorias e falta de atividade física é a equação perfeita para o acumulo de gordura corporal.   A globalização também mudou nossa forma de nascer e sermos amamentados. Muitas famílias são direcionadas, mesmo sem real necessidade, a cirurgia cesariana e aos leites enlatados. Com isso, muitos bebês são privados de receber a flora bacteriana benéfica da mãe ao passar pelo canal vaginal e outros tantos também não recebem as substancias insubstituíveis encontradas no leite materno incluindo as responsáveis e diretamente relacionadas ao controle da obesidade e diversas outras doenças congênitas. Estas questões já foram alvo de pesquisas cientificas que associavam obesidade, entre outros problemas de saúde, à via de nascimento e amamentação. Observa-se então que, em nosso país, onde possuímos números aquém dos indicados pela OMS para partos normais e tempo de aleitamento materno é possível estabelecermos uma correlação destes fatores com doenças ditas congênitas.  Sendo assim, o governo deveria aumentar a fiscalização para os apelos publicitários destinados a alimentação infantil, além de incluir advertências para o índice de açucares e gorduras nas embalagens. Os governos também poderiam atualizar os funcionários da área da saúde para que possam auxiliar efetivamente nos nascimentos e aleitamentos, de maneira a adequar nossos índices às recomendações da Organização Mundial de Saúde. Juntamente ao governo as escolas poderiam contribuir coibindo a entrada de refrigerantes, bolachas recheadas e afins, além de incluir em suas aulas a consciência alimentar na vida das crianças e suas famílias. Assim, nossas futuras gerações poderão viver de maneira mais saudável e encontrar o equilíbrio entre o desenvolvimento econômico e o bem-estar pessoal.