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Enviada em: 01/04/2018

"Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades", na frase de Luís de Camões expressa-se que com o passar dos tempos as necessidades e os costumes modificam-se, essa situação pode ser vista no advento das tecnologias, que mudaram radicalmente os hábitos alimentares e contribuíram no sedentarismo. No caso das crianças, estas deixaram de passar seu tempo brincando nas ruas para ficarem cada vez mais frequentemente em frente à televisão e ao celular, sendo consumidores assíduos de industrializados, por vezes oferecidos pelos próprios pais devido a praticidade. A obesidade infantil, assim, ganha cada vez mais espaço no cenário brasileiro, tornando-se um problema à saúde pública.       O Brasil apresenta atualmente dois milhões de casos de obesidade infantil, um dos fatores preponderantes para isto é a má alimentação incutida desde cedo pela família e perpetuada pela escola. No âmbito familiar ela ocorre principalmente pela rotina acelerada e pela nova configuração familiar, em que comidas industrializadas e rápidas são bem-vindas devido a facilidade. Desse modo, as crianças já não comumente consomem frutas e alimentos saudáveis no lanche escolar, optando quase sempre pelos biscoitos, salgadinhos e frituras. A família sem perceber contribui nesses maus hábitos alimentares e a escola dá continuidade, ofertando em sua cantina alimentos nocivos.            Ademais, outro fator contribuinte na alta taxa de gordura é a sedentarização das crianças, que não saem mais para brincar nas ruas, seja pela violência crescente ou simplesmente pelo atrativo da tecnologia em casa. Isso pode ser considerado resultante do capitalismo, que as faz trocar brincadeiras e interação com os amigos, pela internet. Assim, os mais jovens raramente praticam atividades físicas, já que estas são pouco incentivadas. Tudo isso provoca consequências desastrosas advindas da adiposidade, seja físicas, como doenças crônico-degenerativas (diabetes, altos níveis de colesterol, pressão alta), emocionais, como baixa auto-estima, e até sociais, como exclusão da sociedade. O maior problema é que todos esse fatores podem resultar numa geração de jovens-adultos doentes.           Portanto, diante dos fatos mencionados, medidas devem ser tomada para que o efetivo combate à obesidade infantil possa ser feito. Em primeiro lugar, o governo por meio do Ministério da Saúde deve divulgar cartilhas informacionais, em postos de saúde, a respeito da obesidade infantil (causas, consequências, prevenção e tratamento) com o intuito de que desde a base familiar seja evitado esse problema. Simultaneamente a mídia, em apoio, pode divulgar as informações contidas nessa cartilha para que um maior número de pessoas seja alcançado. Por fim, a escola deve investir em cantinas saudáveis e nos professores suscitando dentro das salas a importância da boa alimentação e da prática de exercícios físicos, em prol de que estas crianças cresçam e sejam adultos saudáveis.