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Enviada em: 27/03/2018

Segundo o sociólogo Émile Durkheim, a sociedade é análoga ao corpo humano; logo, suas partes - Governo e população - deveriam agir harmonicamente para que haja progresso nacional. No entanto, apesar de existirem projetos de lei que abordam soluções para a obesidade infantil, o Brasil ainda é um país, no século XXI, com muitos casos desse problema de saude, por existir a mercantilização do ensino e a influência midiática.  A priori, as instituições escolares perderam a função social de cidadania. A partir da busca pelo lucro ser uma característica inerente ao sistema capitalista, os donos das escolas começaram a implementar na grade curricular apenas as aulas que eram imprescindíveis para o aluno conquistar uma aprovação no vestibular, já que esse fator resumia o potencial escolar no mercado. Assim, Educação Física, matéria responsável pelo ensino da saúde corporal no período infanto-juvenil, passa a ser adjacente, situação a qual acarreta no aumento de sedentários nessa faixa etária e em médio prazo, na obesidade.  Outrossim, é imprescindível analisar as táticas de marketing das empresas de alimento, principalmente das redes de fast-food, a fim de conquistar o público infantil. Segundo o sociólogo Adorno, o conceito de "Indústria Cultural" aborda a ação de produzir material objetivando o lucro; logo, os estabelecimentos em questão usufruem da facilidade em transmitir informação, devido a globalização, e com o auxílio de propagandas televisivas, divulgam crianças e jovens consumindo aquele produto em troca de um brinde, o qual geralmente é um brinquedo. Contudo, os alimentos vendidos não são benéficos a saúde, já que contém muita gordura, açúcar e conservante, fortalecendo, dessa forma, um meio propício ao aumento da população obesa infanto-juvenil.  Portanto, visto que a obesidade infantil ainda é um problema para a saúde pública, é necessário a implantação obrigatória, pelo Ministério da saúde, de nutricionistas que auxiliarão os alunos a possuir uma dieta saudável. Além disso, o Ministério da Fazenda deve diminuir em determinada porcentagem as empresas que promoverem propagandas de alimentos saudáveis na televisão, a fim de contribuir um maior consumo pelo público mais jovem. Desse modo, intensificaria a colaboração harmônica na relação Governo-população.