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Enviada em: 27/03/2018

É inquestionável que a obesidade infantil tem se tornado sobremaneira frequente na sociedade brasileira. Algo extremamente preocupante, visto que mesmo quando afeta uma parcela restrita da população, interfere de maneira prejudicial na dinâmica social como um todo.          O prejuízo no contexto social se justifica pelo fato da obesidade sofrida principalmente por crianças desencadear em inúmeras doenças, algumas delas de alta gravidade ao ponto de serem irreversíveis, que acometem a saúde pública. A título de ilustração, o aumento do percentual de pessoas com doenças crônicas sobrecarrega os serviços de saúde da rede pública, ao demandar um acréscimo do número de funcionários, de drogas fornecidas e de exames de acompanhamento e por conseguinte, a elevação dos gastos públicos nesse setor que poderiam ser evitados. Outro exemplo que também gera esse desvio dos investimentos públicos é o fato de que certas doenças ocasionadas pelo sobrepeso, entre elas: diabetes e AVC-acidente vascular cerebral-, podem incapacitar profissionais, ocasionando o crescimento de aposentados por invalidez, algo que também intensifica a crise previdenciária já enfrentada pelo país.                    Ademais, os jovens que convivem com tal situação são os que mais sofrem dentro do âmbito social, por além de lhes faltarem qualidade de vida, sendo submetidos a diversas limitações devido ao excesso de peso, esses terem de tolerar comportamentos preconceituosos movidos pela sua condição, que em muitos dos casos é vivida por eles não por escolha. Essa discriminação pode agravar ainda mais a problemática, visto que, infelizmente, é responsável pelo dano a saúde mental dessas crianças, causando-lhes perda de autoestima, depressão, entre outros distúrbios de autoaceitação.             Diante do que foi discutido, é notória a urgência na adoção de medidas que revertam o quadro apresentado. Como o entretenimento sedentário e o acesso irrestrito a lanches industrializados ricos em açúcares e gordura são os principais vilões quando a questão é obesidade infantil, é necessária a mudança de postura dos pais. Para atingir esse público e alcançar tal objetivo, seria interessante a introdução de palestras nas escolas tanto públicas como privadas, ministradas por nutricionistas, que propusessem a participação tanto dos pais quando das crianças, a fim de conscientizá-los a cerca do assunto e de orientá-los quanto a prevenção. Outra proposta, tão importante quanto, seria a criação de eventos municipais, organizados pelas prefeituras em parceria com o Ministério da Saúde, que mobilizassem a população, oferecendo atendimento médico gratuito, bem como a  promoção de exercícios coletivos que incentivassem  a prática esportiva, inspirados no projeto Bem estar global, transmitido pelo Bem estar, programa da Rede globo.