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Enviada em: 27/03/2018

“Consumo, logo existo”, essa frase de Zigmunt Bauman parece ratificar a sociedade hodierna, evidenciando o consumismo como fator essencial à vida. Nesse contexto, a obesidade infantil insere-se como uma consequência refletida nos jovens e crianças brasileiras. Isso mostra que esse problema pode gerar graves efeitos para esses cidadãos futuramente, comprometendo sua qualidade de vida.        O desenvolvimento de doenças, a curto e longo prazo, causadas pelo sobrepeso é o que mais preocupa atualmente. Segundo pesquisas do Ministério da Saúde, a probabilidade de crianças que estão acima do peso desenvolverem doenças crônicas, como problemas cardiovasculares e diabetes, aumenta em 80 %, refletindo a má situação que se encontra a saúde desses. Outrossim, a baixa autoestima compromete a saúde psicológica infantil. O Bullying -agressão física ou psicológica- é uma das ações em que a aparência física, nesse caso o excesso de peso, é o alvo, podendo a partir daí desenvolver psicopatias, como a depressão.         Essa situação se deve, principalmente, à falta de educação alimentar que deveria ser imposta pela família. Muitos pais não estabelecem limites quanto à qualidade da alimentação dos filhos que, na maioria das vezes, ficam livres para consumirem o que desejam: os tão atrativos fast-foods. Ainda, é saliente ressaltar que carência de atividade física praticadas por crianças aumenta o índice de obesos na qual, segundo a BBC Brasil, até 2025 haverá mais de 11 milhões de pessoas nesta situação. Mostra-se, assim, que o sedentarismo aliado à má alimentação agrava os casos de obesidade infantil.       Dessarte, é necessária uma intervenção, na qual o Estado junto com a OMC deve investir em programas de prevenção à obesidade, inserindo em escolas e centros sociais públicos, palestras que esclareçam as consequências desse mal, focando no combate imediato das causas. Cabe à mídia policiar-se quanto às propagandas acerca de alimentos industrializados e extremamente calóricos, e incentivar por meio de programas televisivos o consumo de alimentos saudáveis e a prática de exercícios físicos, enfatizando seus benefícios. Cabendo, ainda, à família proporcionar uma educação do paladar das crianças desde cedo, para que cresçam se alimentando de forma adequada, visando sua saúde futura. Com isso, poder-se-á oferecer às crianças e jovens um futuro de qualidade e, principalmente, uma longa expectativa de vida.