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Enviada em: 27/03/2018

Desde o Iluminismo, entende-se que uma sociedade só progride quando um se mobiliza com o problema do outro. No entanto, quando se observa os desafios do combate à obesidade infantil, no Brasil, verifica-se que esse ideal iluminista é constatado na teoria e não desejavelmente na prática e a problemática persiste intrinsecamente ligada à realidade do país, seja pela falta de exercícios físicos, seja pela má alimentação.         É possível perceber que, no Brasil, a falta de atividade física entre as crianças é explícita, haja vista que os pais, por medo da violência ou por não terem tempo de realizar esses exercícios juntamente com seus filhos devido ao trabalho, preferem que os mesmos fiquem em casa no videogame, no computador ou na televisão, podendo assim ter um controle maior sobre as crianças e, de alguma forma, garantir-lhes a segurança.      Outrossim, destaca-se a má educação alimentar desde cedo como impulsionador do problema. Observa-se que os pais não estão se preocupando com o que colocam na mesa, visto que cada vez mais consomem alimentos industrializados e congelados, e se rendem as vontades das crianças de sempre querer doces e guloseimas, usando-se disso como forma de compensar a ausência provocada pelas longas horas fora de casa, trabalhando.        É evidente, portanto, que ainda há entraves para garantir a solidificação de caminhos que visem à construção de um mundo melhor. Como já dito pelo pedagogo Paulo Freire, a educação transforma as pessoas, e essas mudam o mundo, logo, o Ministério da Educação (MEC) juntamente com o Ministério da Saúde devem instituir, nas escolas, por meio de reuniões com os pais, palestras ministradas por psicólogos, que discutam o combate a obesidade infantil, a fim de que a sociedade se desprenda de certos tabus para que não viva a realidade das sombras, assim como na alegoria da caverna de Platão.