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Enviada em: 01/04/2018

A questão da obesidade infantil ainda é subestimada pelo governo e pela sociedade civil, porque há apenas alguns anos ser gordinho era sinônimo de saúde, pois crianças subnutridas eram mais vulneráveis a doenças. Entretanto, à criança com sobrepeso já pode apresentar problemas de saúde como hipertensão, diabetes, apneia do sono, o que faz com que essa situação seja preocupante. Logo, percebe-se que a influência da alimentação dos EUA associado à globalização, facilitou o processo desenfreado de hábitos alimentares ruins no Brasil. Portanto, a obesidade e uma doença multifatorial, resultado de uma complexa combinação de fatores biológicos ,comportamentais, socioculturais e econômicos.    Dessa forma, na era da computação e da internet, percebe-se o papel da mídia na adoção de maus hábitos alimentares e, consequentemente, na construção da compulsão das crianças. Por conseguinte, a obesidade infantil é preocupante  na população, pois na dieta diária das crianças ocorre á ingestão cada vez maior de alimentos com alto nível da açúcar, gordura e sal, uma vez que, as experiências alimentares do início da vida, podem ter consequências duradouras como o colesterol elevado, aumento da pressão arterial e doenças cardiovasculares. Sendo assim, observa-se que o aumento do poder aquisitivo das famílias associado a uma falta de conscientização alimentar, acarretou o consumo excessivo de produtos industrializados e, consequentemente, afetou à saúde das crianças.    Outrossim, existe á questão comportamental da sociedade civil. Segundo Harmut Rosa, filósofo e sociólogo alemão, ´´a sensação da pressa é essencial para compreender á modernidade´´. Por conseguinte, na ´´era fast´´ , ou seja, da aceleração à correria do cotidiano torna-se evidente, o que acarreta á realização de refeições em horários irregulares, desregrados e à ingestão de comidas pouco saudáveis. Logo o consumo muito grande de fast-food, ou seja, comidas rápidas e industrializadas, que possuem uma maior quantidade de gordura e de alimentos pouco saudáveis associado à realização de pouca atividade física de grande parte das crianças, faz  com que se propague a obesidade em crianças.    Torna-se cristalina, dessa forma, que ninguém melhor do que o Estado, garantir à existência de políticas públicas de incentivo e conscientização à boa alimentação através de oficinas, palestras, work shops e propagandas, para que, as famílias saibam como é importante e viável se alimentar de maneira saudável. Além disso, o combate à alimentação irregular e obesidade infantil no Brasil passa, principalmente, pelas práticas escolares: as escolas devem abordar os aspectos da boa alimentação através de discussões propostas e mediadas pelo professor e uma nutricionista.